Repertórios clássicos

A Bela Adormecida

Bailado em Prólogo e três atos.

Música de:Piortr Ilyitch Tchaikovky (opus 66).

Libreto e coreografia : Marius Petipa.

Estréia :15 de janeiro de 1890 no Teatro Marinsky de São Petersburgos, sob a regência do maestro e compositor também de bailados Ricardo Drigo.

O bailado se baseia na famosa historia da carochinha, o conto infantil de mesmo nome, de autoria do francês Charles Perrault (1628-1703), publicado em 1697 no livro Histories ou Contes du temps passe avecdes moralites ou Contes de ma mére l’oie.

O próprio Tchaikovsky declarou que, depois de Eugen Onegin, a ópera que precedera de dez anos A bela Adormecida, o Ballet fora a obra que mais lhe agradara escrever. A partitura é de uma inventividade e felicidade de expressão a toda prova. A 2 de novembro de 1912 o Teatro Alhambra, de Londres, levou à cena outra versão do bailado, com algumas partes novas orquestra por Stravinsky, e no último ato várias danças do bailado O Quebra-Nozes, também de Tchaikovsky. Esta versão londrina é apresentada algumas vezes na atualidade. Existe também um bailado, em um só ato, chamado As Bodas de Aurora, que consta de fragmentos de A Bela Adormecida, particularmente do último ato desse ballet e que foi representado pela primeira vez em Londres 1922. Há um grande número de personagens, além de imenso corpo de baile.

Personagens: Rei Florestano XXIV; Rainha; Canatalbutte, Mestre de Cerimônias; fada dos Pinheirais; Fada Flor de Cerejeira; fada dos Colibris; fada dos Pássaros Canoros; fada Cravo; Fada de Freixo da Montanha; Fada Lilás; Carabosse, a fada Má; Princesa Aurora; Príncipe Encantado (Desiré, algumas vezes chamado também de Florimundo); Gallison; Ratos; Amas da Princesa; Ministros de Estados; Pajens; arauto do Rei; Médico do Rei; Damas de Honra; Príncipe indiano; Príncipe italiano; Príncipe italiano, Príncipe inglês, Pierrette; Colombina; Pierrot; Arlequin; Gasto de Botas; gatinha Branca; Pássaro Azul; Princesa Encantada; Chapeuzinho Vermelho; Lobo; Barba Azul; Ariana; Ana; Sheherazade; Xá; Princesas de Porcelana; Mandarim.

O Prólogo e o primeiro ato transcorrem no século XVI. Os dois últimos atos no século XVII. Prólogo- O batizado

No pátio do Rei Florestano XXIV estão sendo feitos os preparativos para o batismo de sua filhinha, a Princesa Aurora. Vão aos poucos chegando damas e cavalheiros, anunciados e conduzidos por Cantalbutte, Mestre de Cerimônias. Num berço, dorme a princesinha. Uma fanfarra de trompas anuncia a entrada dos soberanos, que beijam a filha, e tomam assento nos tronos. Entram as boas fadas com presente para Aurora. A última a chegar é a Fada Lilás, que será a protetora da Princesa. As fadas prometem que Aurora terá beleza, graça e talento. Cada uma das fadas dança um curto solo característico, culminando com a valsa da Fada Lilás. Quando as fadas se reúnem em torno do berço, há uma agitação, e um pajem anuncia que está chegando Carabosse, a fada Má, que entra numa carruagem negra puxada por quatro ratos. A feiticeira está irada porque não foi convidada para ser madrinha de Aurora, como as outras fadas, e ameaça Cantalbutte. A fada Má tenta se aproximar do berço, mas as outras fadas a impedem. Carabosse virasse, então para os soberanos, e diz que a Princesa terá realmente graça e beleza, mas um dia espetará o dedo e morrerá. Carabosse tenta de novo se aproximar do berço, mas a Fada Lilás não deixa. Furiosa, ela se retira. A Fada Lilás consola a todos, dizendo que Aurora não morrerá, mas apenas ficará adormecida até que um Príncipe venha a despertá-la com um beijo de verdadeiro amor.

Primeiro Ato- Encantamento

Estamos nos jardins do palácio real, 16 anos depois. O rei proibiria, desde a profecia de Carabosse, fusos e agulhas em seu reino. Há uma dança em honra de quatro príncipes, que vieram da Inglaterra, da Itália, da Espanha e da Índia, a fim de pedir a Mão da Princesa Aurora. Cantalbutte, ao ver fusos nas mãos de alguns jovens, apressa-se a arrancá-los deles, lembrando a proibição real. Entram o rei e a rainha. O rei, ao ver os fusos, fica furioso, mas é acalmo pela esposa. Depois que os príncipes se apresentam, entra Aurora. Aurora é apresentada aos príncipes, seguindo-se o conhecido adágio da Rosa, quando a princesa dança com os quatro

pretendentes. Depois, as danças das damas de honra e dos pajens. Uma velha encapuçada entra despercebida e oferece a Aurora um fuso de fios de várias cores. Aurora aceita, agita o fuso sobre a cabeça e espeta o dedo. Logo depois, cai ao solo. Ouve-se um estrondo, e Carabosse se revela como a velha, rindo triunfante e fugindo em seguida. A Fada Lilás aparece, manda que levem Aurora para o palácio e com sua varinha mágica, transforma o cenário numa floresta de árvores e flores.

Segundo Ato- A visão

Cem anos depois numa clareira na floresta à beira de um riacho. O Príncipe encantado com amigos. Quando estes se vão, o príncipe fica só e demonstra sua tristeza. Surge a Fada Lilás, a quem o príncipe conta seus desgosto. A fada, numa visão, lhe apresenta Aurora, e o príncipe se apaixona por ela. Dança com Aurora e outras fadas. Acaba a visão. O príncipe se queixa à Fada Lilás, que promote levá-lo ao castelo, onde a bela adormecida espera um beijo de amor.

Terceiro Ato - O Despertar e o Casamento

O grande salão do rei, envolto em pó e telas e aranha, num abandono de um século. No centro do salão, um esquife e dentro dele, a Princesa Aurora adormecida. Entram a Fada Lilás e o Princípe. Este se aproxima da princesa e a beija docemente. Aurora desperta, e logo o salão se enche de luz, desaparecendo os vestígios de abandono. O esquife mergulha no chão, e o palácio ressurge em todo o seu esplendor. Todos despertam do sono de cem séculos. Segue-se a grandiosa cena do casamento. Desfilam todos os personagens dos contos de fadas infantis, com suas danças característica. Depois, o Príncipe Desiré e a Princesa Aurora executam um longo pas de deux. Concluído este, todos se juntam numa brilhante mazurca final, numa grande alegria.

Prólogo - O Batizado - Em um grande salão do Palácio do Rei Florestan XIV

Em um reino distante, todos os preparativos estão prontos para festejar o batizado da princesa Aurora. Chegam convidados de todo o reino, trazendo presentes para a pequena princesa. Cattalabutte, o mestre de cerimônias, certifica-se de que a lista de convidados está correta e conduz os convidados aos seus lugares. O Rei e a Rainha são os últimos a entrar, recebendo os cumprimentos de seus convidados.
As seis fadas madrinhas de Aurora chegam, trazendo consigo peculiares presentes, bençãos, dando à princesa diferentes qulidades. Mas antes que o presente mais poderoso fosse entregue, o da Fada Lilás, uma enorme nuvem negra e um forte estrondo de trovão quebra a paz daquela festividade. Soldados aterrorizados entram e anunciam a chegada da fada mais poderosa de todo o reino, a fada do mal, Carabosse, que vem em sua carruagem seguida por ratos sem ter sido convidada.
A fada do mal anuncia seu presente à Aurora, a princesa crescerá bela, graciosa, saudável, mas ao completar 15 anos furará seu dedo e morrerá. A Corte fica horrorizada, a rainha implora pela vida de sua filha, mas Carabosse é irredutível. Ela está prestes a ir embora, quando a Fada Lilás bloqueia seu caminho, e anuncia então a benção que ainda não havia sido dada à princesa. Diz que não poderá impedir o feitiço lançado pela poderosa Carabosse, mas irá amenizá-lo, ao furar o dedo Aurora não morrerá, mas dormirá por muito tempo, até que um nobre e belo rapaz se apaixonará por ela, e com um beijo em sua testa a acordará.
Carabosse, enfurecida, tenta fazer uma apelo às outras fadas, que a repelem. Ela retorna à sua carruagem e vai embora em uma nuvem de ira. O Rei, a Rainha, e toda a Corte se reunem em volta ao berço, jurando proteger a pequena princesa de todo o mal.

Ato I - O Feitiço - Quinze anos depois, no jardim do Castelo

É o aniversário de Aurora e os preparativos estão todos prontos. A Corte inteira aguarda ansiosa a vinda da Princesa para saudar seus pais e os convidados. Quatro príncipes, vindos de diferentes países para homenagear e cortejar a princesa dançam com ela, que encanta a cada um deles com sua beleza e com sua dança.
A celebração prossegue, até que uma misteriosa figura envolta em um manto preto aparece, oferecendo um presente à princesa. É uma agulha, e a princesa nunca tinha visto nada como isso antes, pois objetos pontiagudos haviam sido proibidos por um decreto de seu pai. Fascinada, ela começa a brincar com a agulha, sem saber do risco que corre. Antes que alguém consiga pará-la, ela pica seu dedo e imediatamente começa a sentir os efeitos do feitiço. Ela dança atordoada até desmaiar. A figura que deu a agulha à princesa tira seu manto e revela ser Carabosse. A velha mulher ri da angústia de todos; os príncipes empunham suas espadas e a procuram, mas ela rapidamente desaparece, em meio à fumaça e fogo.
Após o desaparecimento de Carabosse, Fada Lilás aparece, assegurando ao Rei e à Rainha que Aurora não morreu, está apenas em um sono profundo. Chega o momento de concretizar o feitiço prometido no batizado da princesa, Fada Lilás, voltando-se para a população, que se encontrava no jardim, agita sua varinha, e o feitiço começa. O reino inteiro cai em sono profundo, com grandes arbustos e folhas encobrindo a todo o Castelo e seus jardins, protegendo a população dos olhos dos curiosos e dos malfeitores.

Ato II - A visão - Um reino distante, a floresta - Cem anos depois
Uma caçada chega a uma clareira na floresta, liderada pelo Príncipe Desirée. Nenhuma das diversões de seus amigos nobres ou dos amigáveis aldeões consegue dissipar sua tristeza, ele é deixado à sós com seus devaneios. A Fada Lilás aparece e faz o Príncipe ter uma visão, da adormecida Princesa Aurora. O Príncipe é conquistado pela sua beleza e pergunta à Fada Lilás quem é a bela moça e onde ele pode encontrá-la. A Fada faz parecer que a Princesa está ali mesmo, agitando sua varinha aparecem os espíritos da floresta, e no meio deles está a Princesa. Ela dança com o príncipe no meio dos espíritos, e desaparece com eles.
O Príncipe fica realmente ansioso para encontrar Aurora, e a Fada acena para que ele una-se a ela em seu barco de concha, eles navegam juntos o rio, rumo ao reino do rei Florestan

Ato III - O Despertar - No Castelo

O Príncipe Desirée e a Fada Lilás adentram os jardins do castelo, onde todos ainda dormem, até chegarem aos aposentos da Princesa, através de um caminho repleto de enormes teias de aranha. O Príncipe Desirée beija a testa de Aurora, despertando-a e a todo o reino, os arbustos e teias de aranha desaparecem. Desirée pede a mão de Aurora em casamento ao Rei Florestan, que imediatamente consente.

Ato IV - O Casamento de Aurora

Homenageando o casal, Fada Lilás convoca todos os personagens encantados. O gato de botas e a gata branca,chapeuzinho vermelho e o lobo mau, Cinderela e o príncipe, a Bela e a Fera, o pássaro azul e a princesa encantada, etc. Todos dançam alegremente, comemorando.

A Bela Adormecida é uma obra que Tchaikovsky criou no período de 1888 a 1889.Em um castelo ocorre o nascimento da princesa Aurora, que recebe uma visita de umas fadas que lhe darão muitos dons. As fadas são: Fada Amarela (alegria), Fada Rosa (amor), Fada Vermelha (paixão), Fada Branca (paz), Fada Verde (amor a natureza) e a Fada Lilas a fada principal.As fadas estavam presenteando Aurora com os dons, antes da Fada Lilás dar o seu presente, a Fada má chega muito brava por não ter sido convidada para o batizado. Então, joga uma maldição em Aurora, em que quando completasse o seu 15º aniversário ela tocaria em um fuso e morreria. Mas como a Fada Lilás não havia dado o dom, impediu a maldição em que invés de morrer, a princesa iria adormecer, até que alguém lhe desse o beijo do amor verdadeiro

  • Fada Lilás
  • Fada Amarela (alegria)
  • Fada Rosa (amor)
  • Fada Vermelha (paixão)
  • Fada Branca (paz)
  • Fada Verde (amor a natureza)
  • Fada Carabosse


Princesa Aurora - A Bela Adormecida ou Princesa Adormecida, em algumas produções, como a de Diaghilev em 1921 e 1939, tendo nesta ultima, Margot Fonteyn no papel principal.
Aurora tem variações delicadas, estilísticas e tecnicamente complexas. Ao mesmo tempo em que a bailarina precisa de virtuosismo para vencer as dificuldades do terceiro ato, precisa também de sutilezas, equilíbrio e delicadeza para o primeiro ato, quando apresenta um verdadeira técnica de pizzicato. São variações difíceis e que exigem extremo controle, principalmente nas incessantes piruetas do primeiro ato.




Príncipe Florimund - Também chamado Príncipe Desirée em muitas versões. Em algumas versões Aurora tem um irmão chamado Florimund e mais duas irmãs.
O Príncipe é, em todas as versões, um bailarino nobre que precisa conjugar esse estilo com a jovialidade do papel e o vigor técnico exigido nas variações e codas.




Fada Lilás – Fada da Sabedoria. Deve ser interpretada por uma bailarina alta, longilínea, fina e tecnicamente segura. Essa coreografia foi criada por Marius Petipá para que fosse dançada por sua filha Marie Petipá. É uma coreografia que exige enorme controle, possui muitos grand rond de jambes e piruetas de 5ª posição, cada movimento deve ser claramente mostrado, a música permite pequenos balances, que acabam por ser verdadeira exigência desta coreografia.


Fada Candide – Fada da pureza, traz também beleza e sinceridade à Aurora. São os primeiros presentes a serem dados à Princesa. A coreografia e a música são lentas, o trabalho de braços os fazem parecer extremamente leves, enquanto as pernas executam demi grand rond de jambes (developpés em algumas versões).


Fada Coulante / Fleur de Farine – Fada da vitalidade, elegância e encanto. Seus presentes à Aurora são mostrados através de uma forte música e coreografia, com agilidade nos rond de jambes en lair e intensos posés en dehors. Essa coreografia, em algumas versões, como a de Nureyev, é dançada por duas bailarinas, mas a coreografia original de Marius Petipá foi feita para uma só


Fada miolo de pão / migalha de pão – Fada da generosidade, abençoa o berço, de acordo com os costumes russos, para garantir que a criança não passe fome. Talvez a mais delicada e lenta das coreografias, é executada quase que do início ao fim sem descer das pontas, com muito fondu e pequenos saltos nas pontas.


Fada Canário – Fada da eloqüência, da retórica. Ao som de uma flauta tocada agilmente a fada executa a alegre e agitada coreografia, com muitos pas de courus e agitando as mãos delicadamente ela busca representar seus presentes à princesa.


Fada Violente – Fada da paixão, da energia. Possui uma dança forte, vibrante, com uma melodia que não deixa dúvidas sobre o que a fada representa. É dançada com dois dedos apontados, a coreografia é repleta de posés piqués e giros.


Rei Florestan XIV e a Rainha - Pais de Aurora


Cattalabutte – O mestre de cerimônias


Pássaro Azul e Princesa Florine - O Pássaro Azul exige grande aprimoramento técnico do bailarino, que precisa ser leve e ágil ao mesmo tempo. Enquanto que a Princesa Florine exige extrema musicalidade e delicadeza.


Chapeuzinho Vermelho e Lobo Mau


Fadas Ouro, Prata, Safira e Diamante - Pas de Quatre - Exigem agilidade, técnica e perfeição. Cada uma das fadas foi elaborada de maneira à corresponder a diferentes biotipos, exaltando diferentes qualidades de cada um individualmente.


Príncipe Sueco, Príncipe Russo, Príncipe Espanhol, Príncipe Francês


Condessa


Galisson – Tutor do príncipe


Gato de Botas e Gata Branca


Pequeno Polegar


Cinderela e Príncipe Fortuné

Coppélia

Bailado em dois atos e três cenas ou três atos.

Música : Léo Delibes, coreografia de Arthur Saint-Léon.

Estréia : Theatre Imperial de Ópera, em Paris, em 1925 de maio de 1970. Estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 9 de maio de 1918 com a Grande Companhia de Ballet de Anna Pavlova, com Wlast Maslowa e

Bailado em dois atos e três cenas ou três atos.

Música : Léo Delibes, coreografia de Arthur Saint-Léon.

Estréia : Theatre Imperial de Ópera, em Paris, em 1925 de maio de 1970. Estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 9 de maio de 1918 com a Grande Companhia de Ballet de Anna Pavlova, com Wlast Maslowa e Alexandre Volinine.

O Bailado é baseado no conto de E.T.A.Hoffmann A moça dos olhos de Esmalte.

Primeiro Ato

Uma praça em uma vila camponesa. Uma casa se destaca das demais. É a casa do Dr, Coppelius, um velho fabricante de bonecos, cuja obra-prima é Copélia, uma extraordinária boneca em tamanho natural. A aparência da boneca engana os habitantes da vila, que a julgam de carne e osso. Swanilda deixa sua casa, e olha, por uma janela, Copélia que está sentada, lendo um livro. Corre que a boneca é filha do Dr. Coppelius, e Swanilda julga que seu noivo, Frantz, está apaixonado por ela. Swanilda procura atrair a atenção de Copélia, em vão. Frantz joga um beijo para Copélia, que aparece responder. Isso desperta o ciúme de Swanilda, que repreende amargamente. A praça é invadida por uma alegre multidão, e o burgomestre anuncia que o castelão ofereceu um sino á vila e isso será celebrado com uma festa no dia seguinte. Cai a noite. Coppelius sai da casa, e é logo cercado por rapazes, que brincam com ele. O velho deixa cair uma chave. Swanilda pega a chave, chama suas amigas e propõe-lhes que entrem na casa para desvendar de vez o mistério de Cópelia. Depois que elas saem, Frantz encosta uma escada na janela de Copélia. O velho, voltando á procura da chave, depara-se com Frantz, briga com ele, que foge assustado.

Segundo Ato

A oficina de Coppelius. Por todos os lados estão bonecos e instrumentos. A sala está fracamente iluminada. Swanilda entra com suas amigas, e logo percebem que são todos bonecos, inclusive Copélia. As moças colocam os bonecos em movimento. Nesse momento, entra o Dr. Coppelius, que fica furioso. Swanilda consegue se esconder, junto com a boneca, atrás de um cortinado. Ela veste as roupas de Copélia, e resolve pregar uma peça no seu noivo. Frantz entra pela Janela e é surpreendido pelo Dr. Coppelius. O jovem confessa que está apaixonado por Copélia. O velho lhe dá um vinho, com uma droga, para beber. Depois, o leva até a boneca. Esta, contudo, para surpresa do próprio Dr. Coppélius, faz coisas incríveis. Depois, o Dr, Coppelius obriga Frantz a sair pela janela. Swanilda sai em seguida. Ouvindo um zumbido, o Dr. Coppelius se dirige para trás da cortina e vê a boneca sentada rígida como de costume. Olhando pela janela, vê Frantz e Swanilda de braços dados. É demais para ele, que desmaia.

Terceiro Ato

Um gramado em frente à residência do castelão. O sinto está num poste ao fundo. Alegria geral. O Dr. Coppelius pede uma indenização pelos prejuízos sofridos. Swanilda, que acaba de receber uma herança, oferece ao velho, mas o fidalgo manda que ela a conserve, e que pagará de seu bolso. O sino começa a tocar, e todos dançam alegremente. Personagens do bailado: Swanilda, Frantz, Dr Coppelius, O Burgomestre, O Castelão. Delibes colocou danças nacionais em seu ballet, como polca, czardas e mazurcas para dar cor local realismo. Os números principais do bailado são: Prelúdio, Balada, Valsa Lenta, Valsa das Horas, Valsa de Boneca, Bolero, Giga e dança dos Bonecos

  • Arthur Saint-Leon, além de maitre de ballet, era também talentoso músico e bailarino, chegando a acompanhar a si mesmo tocando violino enquanto dançava sua própria coreografia, no ballet “Le Violon de Diable”.
  • Arthur Saint-Leon era casado com a famosa bailarina Fanny Cerrito, imortalizada ao dançar o famoso Pas de Quatre, de Jules Perrot, que reuniu no palco as 4 grandes bailarinas da época.
  • Coppélia foi o primeiro Ballet em que foram inseridas as Czardas.
  • O grande absurdo, que mais tarde seria cometido em outros ballet, foi a constatação da decadência masculina, que se atestou pelo fato do papel de Franz ter sido executado por uma bailarina, Eugenie Fiocre.
  • Trágicos acontecimentos também marcaram o sucesso de Coppélia, semanas após sua estréia, iniciou-se a guerra Franco-Prussiana, que determinou a queda do segundo império. Logo após, Paris cercada e a ópera fechada, Saint-Leon, morre aos 49 anos de crise cardíaca e sua primeira bailarina Guiseppina Bozzacchi morre de febre tifóide em Paris.
  • O papel de Swanilda, após longas buscas e indecisões, ficou para Giuseppina Bozzacchi, que tinha apenas 16 anos de idade na estréia.
  • A coreografia necessitou de ajustes devido a falta de experiência da jovem eleita que apesar de tudo superou as expectativas.
  • A valsa de Coppélia foi muita conhecida e difundida no Brasil, na era do rádio. Conta-se que na década de 1940, a Rádio Nacional tocava a valsa todos os dias, antes da novela das 20h, no horário mais nobre da época.

Ato I

Em uma vila da Cracóvia, Swanilda beija sua mãe e seu pai, Burgomeister, antes de partirem. Swanilda, ao avistar Coppélia, uma moça que, todos os dias, lê um livro na sacada do exótico Dr. Coppélius, tenta atrair sua atenção, mas não consegue.

Franz, o noivo de Swanilda, chega com flores. Sem encontrá-la, está prestes a ir embora, quando vê Coppélia – que o surpreende ao deixar cair seu livro, levantar-se e jogar-lhe um beijo. Swanilda, ao ver Franz mandar um beijo de volta para Coppélia, fica furiosa por ele estar flertando com outra garota na véspera de seu casamento.

Os aldeãos chegam para começar com os preparativos do casamento, interrompendo a discussão. Burgomeister, explicando os detalhes da festa, fica preocupado ao perceber que os noivos se desentenderam. Borgomeister sugere à Swanilda que ela “escute o trigo”: se ela ouvir qualquer coisa ao agitar o trigo, então Franz é seu amor verdadeiro. Aborrecida por não ouvir nada, ela parte para dançar com seus amigos. Franz persegue Swanilda, tentando atrair sua atenção, mas ela o ignora.

Dr. Coppélius certifica-se de que a praça da aldeia está vazia antes de deixar sua casa e sua querida Coppélia, mas é surpreendido por jovens que o importunam; ele afugenta-os com sua bengala. Swanilda sai de sua casa para ajudá-lo, mas ele, irritado, vai embora, deixando-a de lado. Swanilda percebe que Coppelius deixou cair a chave da porta da frente de sua casa. Ela e suas amigas entram na misteriosa casa, para saber o que há lá dentro e para falar com sua rival, Coppélia.

Ato II

Dentro da escura e misteriosa casa de Dr. Coppélius, as garotas procuram Coppélia. Encontrando-a atrás de uma cortina, ficam chocadas ao notar que ela é apenas uma boneca mecânica, tão bem feita que parece humana. Elas gargalham ao lembrar que Franz provavelmente se apaixonou por uma boneca. Logo depois encontram outros bonecos mecânicos e se divertem com eles.

Não encontrando Swanilda em casa, Franz está prestes a ir embora quando avista o livro de Coppélia. Dr. Coppélius retorna, procura por sua chave, e percebe que sua porta está aberta. Ele entra na casa para investigar. Franz consegue uma escada e sobe na sacada, pretendendo entregar o livro à Coppélia.

Dr. Coppélius, ao chegar, expulsa todas as garotas de sua casa, todas exceto Swanilda, que se esconde atrás da cortina, juntamente com Coppélia. Franz chega, esperando encontrar Coppélia, mas Dr. Coppélius o afronta. Enquanto Franz explica que quer conhecer a atraente moça, Dr. Coppélius tem uma idéia. Ele oferece a Franz uma bebida, na qual colocou uma poção adormecedora. Franz cai adormecido e, Dr. Coppélius, inicia a execução de seu plano, ele pretende roubar a força vital de Franz para dá-la à Coppélia. Swanilda, que escondida percebera tudo, veste as roupas de Coppélia, fingindo ganhar vida com a magia do velho, executa danças de diversos lugares, espanholas, escocesas, etc. Ao mesmo tempo, tenta acordar Franz.

Coppélius fica emocionado quando sua mais perfeita boneca toma vida, pois finalmente terá alguém real para dividir sua solidão. Os sons de atividade do lado de fora da casa anunciam o amanhecer. Swanilda finalmente desperta o sonolento Franz, revelando à Dr. Coppélius que ela não é a boneca, em seguida foge da casa com Franz.

Ato III

Os aldeãos ficam surpresos quando Swanilda (vestida de Coppélia) e Franz saem da casa de Coppélius, já está quase na hora do casamento, mas eles ainda não estão prontos para a cerimônia. Eles correm para se preparar. Finalmente os dois estão casados, mas Dr. Coppélius interrompe, exigindo uma compensação pelos danos causados por Swanilda. Ela oferece seu dote, mas seu pai intercede para pagar. A aldeia se une a Franz e Swanilda na celebração de seu casamento, e até Dr. Coppelius compartilha a alegria.

Dom Quixote

Libreto- Marius Petipa ,baseado na novela de Miguel de Saavedra Cervantes

Coreografia- Marius Petipa

Estréia mundial- 26 de dezembro de 1869 no teatro Bolshoi ,em Moscou.A Sobeshanskaia interpretou Quitéria.

Primeiro ato

Quitéria (Kitri), vive em Barcelona,e lá Kitri está sendo pressionada pelo seu pai a casar com um rico comerciante chamado Gamache,que deseja casar com ela mas Kitri reluta , pois esta apaixonada pelo barbeiro Basílio.
Quando D.Quixote chega a praça montado em seu cavalo , transforma Kitri , em sua imaginação na delicada Dulcinéia ,fantasiando sua mulher ideal.

Segundo ato

Quixote desafia Gamache para um duelo, no qual nem o comerciante e muito menos a multidão o levam a sério o pedido e como conseqüência acaba sendo expulso da cidade .Basílio apavorado com o casamento de Kitri com Gamache ,encena um agonizante suicídio, e pede ao pai a mão de sua filha como um último pedido.O pai permite mas se surpreende quando Basílio se levanta para abraçar sua amada. D. Quixote, expulso acaba acampando nos moinhos então seu amigo rei dos ciganos e resolvem fazer uma festa ,bebe,e revivendo sua imaginação acaba atacando os moinhos pensando ser um gigante inimigo.

Terceiro ato

D. Quixote ferido,dorme ao lado de seu fiel escudeiro Sancho Pança e sonha com os jardins de Dulcinéia onde encontra por fim seu verdadeiro amor. Um duque que passava por perto convida-o para pousar em seu castelo.

Quarto ato

Durante a festa promovida pelo duque em seu castelo ao"cavaleiro",D.Quixote é desafiado para um duelo e acaba sendo derrotado pelo grandioso Cavaleiro da Lua de Prata,que o convence a baixar as armas e armaduras .Na verdade o duelo era uma farsa e o desafiante é seu amigo Carrasco que consegue arrancar de Quixote a promessa de guardar suas fantasias e pensar mais na realidade.Quixote guarda suas armas e vai para casa.Nesse momento ,na praça de Sevilha é celebrado o casamento de Quitéria e Basílio. Prólogo

Dom Quixote, um homem extremamente sonhador, acaba de tomar uma decisão, se tornaria um cavaleiro. Conta a seu fiel escudeiro Sancho Pança, convidando-o a se aventurar junto com ele.

Ato I – Uma praçano mercado de Barcelona

Em Barcelona, na praça do mercado, Kitri está sendo forçada por seu pai, Lorenzo, a aceitar os galanteios do rico comerciante Gamache, que pretende casar-se com ela. Porém Kitri ama o barbeiro Basílio.
Um grupo de toureiros, liderados por Espada, chegam à praça, chamando a atenção de todos em uma apresentação, juntamente com Mercedes, a amada de Espada.
Dom Quixote chega à praça em seguida e, ao ver Kitri, transforma-a, em sua imaginação, na bela Dulcinéia, mulher que ele sonhava e havia idealizado. Não aceitando que sua amada Dulcinéia case-se com outro, desafia Gamache para um duelo. A multidão, e o próprio Gamache, não lhe dá importância, sendo expulso da cidade.
Basílio e Kitri, inconformados com a decisão de Lorenzo, fogem para viver seu romance, sendo perseguidos pelo pai e pretenso noivo de Kitri.

Ato II

Cena I – O Acampamento Cigano

Dom Quixote, acampa à beira dos moinhos, encontrando o casal fugitivo e os ciganos. No entanto, vítima de suas fantasias, ataca carroças e moinhos de vento, julgando estar em batalha com gigantes inimigos.

Cena II – O Sonho

Ao final da batalha, exausto, Dom Quixote dorme e sonha com os jardins de Dulcinéia, povoados por seres fantásticos, como as dríades e sua rainha, o cupido, além de Kitri e sua amada Dulcinéia.

Ato III – Na Taverna

Kitri e Basílio vão à taverna, mas acabam sendo encontrados por Lorenzo e Gamache, que insistem no casamento.
Basílio, desesperado ante a perspectiva do casamento de Kitri e Gamanche, finge estar se suicidando, e pede ao pai da moça que lhe satisfaça um último desejo, concedendo-lhe a mão de sua filha em casamento. O pai cede, e para o seu espanto, Basílio se levanta radiante de saúde e felicidade, para abraçar a amada. Todos festejam o noivado.

Ato IV – O Casamento

Para alegria de todos, Kitri e Basílio se casam. É feita uma grande comemoração onde todos dançam, até mesmo Gamache.

  • O ballet estreou com bailarinos russos nos papéis principais, rompendo a tradição dos teatros imperiais de convidarem astros ocidentais para as estréias de suas produções.
  • As notáveis performances dos bailarinos do Bolshoi e Kirov contribuiram decisivamente para que esse ballet fosse difundido por todo o mundo, sendo considerado adequado para grandes bailarinos e companhias, por sua bravura técnica.
  • Os ensaios não foram tranqüilos, devido ao comportamento de Petipa, autoritário e difícil de trabalhar, o que gerou diversos desentendimentos com os colaboradores.
  • Marius Petipa e sua esposa Maria Surovshtchikova se divorciaram no ano da estréia do ballet.
  • A primeira vez que Dom Quixote foi visto fora da Rússia foi em 1924, na Inglaterra, em uma versão de apenas dois atos, dançada por Anna Pavlova e sua Companhia, montada por Laurent Nivikoff.
  • Era uma tradição o uso de cavalos e burros no palco em Dom Quixote, no entanto, na produção de Anna Pavlova na Inglaterra, o cavalo parecia robusto demais para Dom Quixote, o animal foi então composto para parecer mais magro, o resultado parece ter sido tão bom que as autoridades passaram a investigar se o cavalo vinha sofrendo maus tratos.

Esmeralda

Ballet em três atos e cinco cenas

História:Julies Perrot

Coreografia:Jules Perrot

Música:Cesare Pugni

Primeira apresentação:9 de março de 1844,no Teatro de Sua Majestade,em Londres

O bailado é inspirado no conhecidissímo romance Notre Dame de Paris, de Victor Hugo. Ação transcorre em Paris no século XV.

Personagens : Esmeralda; Quasímodo, o sineiro de Notre Dame; Phoebus de Chateaupers; Fleur de Lys, noiva de Phoebus; Madame Aloise de Gondelaurie, mãe de Fleur de Lys; Diana e Béranger, amigas de Fleur de Lys, Claude Frollo; Pirre Gringoire, poeta; Clopin Trouillefou; Mendigos.

Primeiro Ato - O Pátio dos Milagres ao entardecer.

Os mendigos encontram-se numa algazarra geral, sob a presidência de Clopin, o rei dos mendigos. O poeta Pierre de Gringoire é trazido a sua presença. Os outros o revistam, e como só encontram um poema no seus bolsos, ficam irritados. Clopin condena Gringoire à morte. Dá-lhe, contudo a opção de se encontrar uma mulher que queira desposá-los, e será livre. Ninguém se apresenta. Nesse momento, entra Esmeralda, a cigana. A jovem se compadece da situação do poeta e concorda em casar-se com ele. Segue- se uma dança para comemorar o consórcio. Frollo se aproxima de Clopin e lhe confessa que ama Esmeralda. O chefe concorda em ceder a cigana. Claude confessa seu amor A Esmeralda. Ouve-se o toque de recolher. Claude chama Quasímodo para ajudá-lo a pegar esmeralda. Os dois se atiram sobre a cigana. Nesse momento, entra uma guarda com Phoebus á frente. Frolllo consegue fugir a Quasímodo é preso. Esmeralda e Phoebus trocam olhares, e a jovem lhe conta sua vida. Esmeralda intercede pelo corcunda e consegue sua libertação. A cigana foge dos beijos e abraços do capitão, elevando consigo uma faixa Phoebus.

Segundo Ato

- Primeira Cena -

Um pequeno quarto, pobremente mobiliado. É o quarto de Esmeralda. A cigana entra, com a faixa de Phoebus na mão. Com o olhar perdido, forma o nome do capitão com umas letras na mesa. Entra Gringoire, julgando que aquele abandono de Esmeralda significa amor por ele. Tenta agarrá-la, mas ela se livra, toma de um punhal e o ameaça. Esmeralda diz que só o desposou por piedade. Gringoire sai decepcionado. Pouco depois aparecem Frollo e Quasímodo. Claude declara seu amor a Esmeralda, mas está mostra o nome de Phoebus. Esmeralda foge. Frollo sai-lhe ao encalço, mas surge Gringoire. Claude tenta apunhalá-lo, mas é detido por Quasímodo, que jura vingar-se de Phoebus. Segunda Cena-Jardin da Mansão de Gondelaurier, onde se fazem os preparativos para o casamento de Fleur de Lys com Phoebus. Fleur de Lys dança com suas amigas. Entra o noivo, que beija, indiferente, a mão da prometida. Esmeralda vem dançar, acompanhada por Gringoire. Phoebus demonstra seu sentimento, o que enfurece a noiva, principalmente depois que vê a faixa de Phoebus com a cigana. Fleur de Lys arrebata a faixa de Esmeralda, mas cai ao chão, desmaiada. Enquanto a levam para casa, Gringoire protege a saída de Esmeralda, seguidos depois por Phoebus.

Terceiro ato

- Primeira cena -

Aposentado em uma taberna, com uma janela que dá para o rio. É noite Entra Clopin, com um archote à mão, seguido por Frollo. Clopin indica um esconderijo, e Claude entra ali, com um punhal. Pouco depois, chegam Phoebus e Esmeralda. O capitão pergunta à jovem como é que ela pode amar dois homens ao mesmo tempo. Esmeralda, tomando uma pluma e soprando-a diz que seu amor é como uma pluma ao vento. Ciumento, Frollo salta sobre os dois com um punhal na mão. Phoebus puxa Esmeralda para um quarto. Ouvem-se um tiro e a queda de um corpo. Frollo sai correndo e salta pela janela. Esmeralda cai no chão, desmaiada. Clopin invade o recinto, seguido por outras pessoas. Acusa Esmeralda por assassinato. A cigana é presa, apesar de seus protestos alguém, e os críticos de ballet ainda se lamentam de que os outros bailarinos não o fizeram: o famoso salto por cima peitoril da janela. A jovem e a rosa dançam no sonho. Aos poucos, tudo vai se acabando. O espectro da rosa sai pela janela, a moça acorda, percebe que tudo não passou de um sonho e aperta a rosa contra o seio.

Giselle

Primeiro Ato

Jovem camponesa dos campos da Alsácia,França. Apaixonada pelo Cond ALbrecht ,acreditava que ele fosse um simples lenhador .Por ser também apaixonado pela linda GISELLE ,mantém a farsa e esconde seu noivado com a Princesa Bathilde. Hilarion amigo de infância e apaixonado por Giselle ,tenta desmascarar o falso camponês Loys ,mas Giselle não da ouvidos a ele e nem sua mãe que também tenta convence-la. A chegada de um grande grupo de caçadores , chefiado pelo Duque de Courland e sua filha Bathilde,permite ao apaixonado Hilarion provar a verdadeira identidade mostrando a Giselle o brasão e a espada , do falso camponês .Giselle reluta em aceitar a realidade do fato até a Princesa Bathilde confirmar o fato.O choque da notícia leva Giselle ao limite da sua loucura e a morte.

Segundo Ato

Quando soa meia-noite as Willis se materializam , são almas jovens que foram enganadas por seus noivos e acabaram morrendo antes do casamento no qual se vingam fazendo cada homem que encontram na floresta , dançar até a morte.Hilarion é perseguido pelas almas brancas,e morre.Myrtha,a Rainha das Willis aparece para iniciar Giselle aos seus ritos.Quando o conde chega ao túmulo Myrtha o condena a dança da morte ,mas Giselle consegue ,com a proteção da cruz de seu túmulo,poupar a vida de seu amado aparando-o na dança até a aurora, pois é a hora em que o poder de materialização das Willis desaparece. Ato I

A bela Giselle vivia nos campos da Alsácia, França. No período da colheita da uva as festas atraíam os nobres para a região. O Duque Albrecht, ao ver Giselle dançar, encanta-se com a moça e decide separar-se do grupo de nobres, juntamente com um amigo seu, para fazer-se passar por camponês e tentar uma aproximação.
Giselle apaixona-se por Albrecht, acreditando que este fosse um lenhador chamado Loys, sem saber que ele é noivo da princesa Bathilde. Porém Hilarion, amigo de Giselle desde a infância e pretendente de seu amor, tenta mostrar à moça a verdadeira identidade de Loys, no entanto ela prefere acreditar na sinceridade de seu amado.
Um grande grupo de nobres chega ao lugar, dentre eles o Duque de Courland e sua filha Bathilde. Todos comem, bebem e enquanto isso Bathilde conversa animadamente com Giselle, como agradecimento aos momentos agradáveis a princesa dá à Giselle um colar de ouro.
Os nobres pedem para descansar na casa de Giselle antes de continuarem seu passeio. Enquanto isso Hilarion planeja a melhor forma de desmascarar Albrecht, decide então entrar na cabana onde o rapaz diz morar, ao chegar lá encontra a espada e as roupas de nobre.
Giselle naquele momento está muito feliz, pois acaba de ser coroada Rainha da Vindima de sua aldeia, quando Hilarion mostra-lhe a espada e as roupas ainda assim ela reluta em acreditar, mas o rapaz chama todos os nobres para fora e Bathilde logo confirma seu noivado com o Duque Albrecht. A camponesa começa a dançar desesperadamente, enlouquece com a desilusão e acaba morrendo.

Ato II
Hilarion observa o tumulo de Giselle, soa meia-noite, o momento da materialização das Willis. As Willis são espíritos de moças que foram enganadas por seus noivos e morreram antes do casamento. Como vingança elas fazem dançar até a morte os homens que encontram na floresta.
Myrtha, é a Rainha das Willis, e naquele momento iniciaria Giselle em seus ritos. Hilarion é perseguido pelas almas até sua morte. Quando Albrecht leva lírios até o túmulo, Giselle aparece, mas Myrtha já havia condenado o rapaz a dançar até a morte. Giselle, ainda apaixonada, consegue poupar a vida de seu amado protegendo-o com a cruz de seu túmulo, amparando-o na dança, até a aurora, momento em que as Willis se desmaterializam.

  • O uso das sapatilhas de ponta por todo o corpo de baile no 2° ato deste ballet foi uma forte característica, que contribuiu para sua eternização, já que até então somente as bailarinas principais usavam-nas;
  • Existia um triângulo amoroso à época da primeira produção de Giselle, o libretista Théophile Gautier e a bailarina Carlotta Grisi, para quem foi criado esse ballet, tiveram um affair, mesmo sendo ela casada com o coreógrafo Julles Perrot;
  • O nome original do personagem Albrecht era Albert, tendo sido modificado somente após a era romântica;
  • Originalmente o ballet Giselle tinha 45 minutos de mímica e 60 minutos de dança, o que foi drasticamente alterado em versões posteriores, inclusive nas de hoje em dia;
  • O solo do 1° Ato em que Giselle faz pequenos saltos na ponta eram impossíveis de ser realizados na primeira produção deste ballet, devido à fragilidade das sapatilhas, que não davam suporte para tanto. Tal coreografia foi inserida somente no início do século XX.

La Bayadére

Bailado em quatro atos e sete cenas, música de Ludwing Minkus, libreto de Khudenov, coreografia de Marius Petipa. Estréia no Teatro Marinsky de São Petersburgo, a 4 de fevereiro de 1877. Personagens: Rajá Dugmanta; Gamsatti, sua filha; Solor, um guerreiro; Nikia, a bailadeira; sacerdote brâmano; Magdaveya, faquir; Aiya, escrava; servidor do templo; bailarino indiano.

A ação transcorre a Índia.

O primeiro ato nos apresenta um templo hindu. Solor, contente por ter sido bem sucedido numa caçada, manda um servo levar ao rajá um tigre por ele morto. O jovem guerreiro permanece no templo, pois espera ver sua amada Nikia. Quando ele sai um sacerdote brâmane entra com bailadeira, e tenta confessar-lhe seu amor, mas é rejeitado. Irado, jura vingar-se. O faquir Magda Veyga avisa Nikia que Solor está à sua espera. O guerreiro pede a Nikia que parta em sua companhia. A bailadeira concorda, mas pede a Solor um juramento de fidelidade diante do fogo sagrado. O sacerdote brâmane observa a cena.

Segundo ato mostra o palácio do rajá. Este se encontra muito satisfeito com o presente de Solor e oferece-lhe a mão da filha. O guerreiro, temendo recusar esta grande honra, e também enamorado da beleza de Gamsatti, aceita, esquecendo o voto sagrado feito a Nikia. Segue-se a Festa do Fogo para celebrar o noivado. Entre as dançarinas estão Aiya, confidente de Gamsatti, e Nikia. O sacerdote brâmane conta ao rajá o que ouviu entre Solor e Nikia. Gamsatti ouve está conversa e apressa-se a contar Nikia. Esta se recusa a acreditar, mas a filha do rajá instante para que desista de Solor. A bailadeira ataca Gamsatti com um punhal, mas é detida por um servo Aiya acalma a filha do rajá e se oferece para livrá-la de Nikia.

O terceiro ato é o casamento de Solor com Gamsatti. O rajá ordena que Nikia dance com as outras bailadeiras. Durante a dança, Aiya oferece a Nikia uma cesta onde está escondida uma serpente venenosa, que morde Nikia. O faquir mata a cobra, e brâmane se oferece para salvar a bailadeira, desde que ela lhe pertença. Nikia recusa e continua dançando até morrer.

O quarto ato é o reino das sombras. Solor está desolado pela morte de Nikia. O faquir procura distraí-lo com uns encanadores de serpentes. Solor adormece e sonha que visita, com Nikia, uma terra desconhecida. Surgem os espíritos das bailadeiras mortas. Afinal Solor encontra Nikia e jura que nunca mais abandonará. Este ato coloca no palco 32 bailarinas. Atualmente, o bailado é levando com cinco cenas. Na versão original, o final era diferente. Solor após visitar o reino das Sombras, casa-se com Gamsatti. Mas a profecia da bailadeira realiza. Ecoa um terrível trovão, o palácio cai em ruínas, e todos morrem esmagados.

Ato I

Cena I - No Exterior do templo Hindu

Depois de uma caçada bem sucedida, o jovem Solor envia seu servo ao Rajá Dugmanta levando-lhe um tigre por ele morto. Solor fica a espera de sua amada, Nikiya.
Ela recebe um aviso de Magdaveya, um faquir, dizendo que Solor está a sua espera. Os dois se encontram e Solor pede a Nikiya para fugir com ele, a moça aceita , mas obriga seu amado a jurar fidelidade diante do fogo sagrado. O Sacerdote Brâmane depois de ser rejeitado por demonstrar seu amor a bailadeira, surpreende a conversa dos dois, e jura vingar-se.

Cena II - No palácio do Rajá

Satisfeito com o presente de Solor, O Rajá oferece-lhe a mão de sua filha em casamento, a linda Gamzatti. Solor encantado com a beleza da moça, esquece o voto feito a Nikyia.
Nikiya ao saber de tudo, vai ao palácio e implora a Gamzatti que deixe Solor para ela, revelando-lhe todo seu amor. Gamzatti tenta comprar Nikiya. Num ato de desespero Nikyia ameaça Gamzatti, apavorada com seu própio gesto, foge.

Cena III - A festa de noivado

No noivado de Solor e Gamzatti, Nikiya dança com as demais bailadeiras.Durante a dança recebe uma cesta de flores onde se esconde uma serpente venenosa. Nikiya é mordida. Brâmane se ofererce para salvá-la caso ela aceite ficar com ele. Ela recusa depois de ver Solor com Gamzatti, e morre.

Ato II - O Reino das sombras

Após fumar ópio, Solor adormece e sonha que está com Nikiya em uma terra desconhecida e jura para sua amada que nunca mais tornará a abandoná-la.

Ato III - O ritual do casamentobr/>

Solor é levado para se casar com Gamzatti, quebrando o juramento feito a Nikiya. A profecia da bailadeira acontece e o templo cai em ruínas. Nikiya vem buscar Solor para viverem seu amor na eternidade.

  • La Bayadére contém cenas monumentais, que incluem, em algumas produções, um elefante e um tigre vivos.

O Corsário

Bailado em três atos e cinco cenas. Música de Adolpho Adam.

Coreografia de Mazillier, libreto de H.V. de Saint-Georges e Mazillier.

Estréia no Théatre Imperial de 1Ópera em Paris, em 23 de janeiro de 1856.

O texto é baseado no poema do mesmo nome de autoria de lord Byron, embora as semelhança sejam poucas. Há uma versão de Jules Perrot, que estreou no Teatro Bolshoi de São Petersburgo em 24 de janeiro de 1858.

Personagens do bailado: Conrado, o corsário; Seid, paxá da ilha de Cós; Isaac Lanqueden, dono de um bazar em Adrianopla; Birbando, lugar-tenente de Conrado; o chefe dos eunucos do harém do Paxá Seid; Medora; jovem grega; Zulméia sultana favorita de Seid; Gulnara, escrava do paxá.

Primeiro Ato


Primeira Cena- Uma praça de Adrianopla. No centro, o mercado de escravos.

Muita animação na praça. Contratado e seus piratas também estão ali.
Medora, de um balcão, joga uma flor para Conrado, que lhe dirige um ardente olhar. Isaac Laqueden é tutor de Medora e um mercador de escravos. Os dois se dirigem ao bazar.
Entra o séquito do Paxá Seid, que deseja aumentar seu harém.
Descobre Medora, quer comprá-la.
A princípio, o judeu recusa, mas depois concorda. Os homens de Conrado cercam o judeu e Seid, enquanto Conrado foge com Medora.
Depois, os piratas carregam as escravas.

Segunda Cena- Um subterrâneo com tesouros.

Conrado apresenta a Medora os seus tesouros e lhe diz que tudo será dela em troca de seu amor. Logo depois, Birbante e os outros piratas entram trazendo Isaac. Dança das escravas.
Medora pede o Conrado que liberte as escravas, mas os piratas querem repartir-las entre si. Conrado submete birbante a seus pés. As escravas são libertadas. Conrado e Medora se retiram.
Disposto a vingar-se, Birbante trama um plano com judeu. Prepara um poderoso narcótico, que será dado a Conrado por uma jovem. Quando o pirata toma a bebida, logo cai adormecido. Os piratas se ponderam das escravas, e Medora é levada por Isaac. Contudo, antes de partir, Medora deixa um bilhete na mão de Conrado.

Segundo Ato


Palácio do paxá na ilha de Cós. Salão de Banhos das mulheres do soberano.

As mulheres estão entregues a seus banhos e enfeites. O paxá ainda está muito aborrecido com o que lhe aconteceu no bazar. Gulnara o provoca, e o soberano ordena que dê em umas bastonadas.
Entra o judeu com Medora, coberta com um véu. Quando o paxá a vê, fica realmente radiante. Medora pede justiça, mas o paxá ordena que seja pago o preço ao judeu. Medora toma de um punhal e põe Isaac em fuga.

É anunciada a chegada de uma leva de peregrinos a Meca, chefiados por um velho que pede hospitalidade ao paxá, que concede. Quando o paxá ordena que Medora seja levada para seu quarto, o velho tira seu disfarce, aparecendo Conrado. O corsário toca sua corneta, e todos os peregrinos se transformam em piratas armados.
Gulnara, perseguida por Birbante, pede proteção a Conrado. Medora lhe conta que foi ele quem a entregou ao judeu. Quando Conrado vai matá-lo, Medora intercede, e Birbante aproveita para fugir. O paxá volta com reforços prende Conrado, condenado-o à morte.

Terceiro Ato


Aposentado do paxá.

O Paxá Seid diz a Medora que aceite casar-se com ele que a vida de Conrado será poupada. Como a jovem recusa, o paxá faz um sinal e entra o corsário a caminho do suplício. Medora, então, concorda.
O paxá os deixa a sós. Conrado não aceita as condições, mas entra Gulmara que diz que tem um plano, e que confiem nela.
Ao voltar o paxá, os dois dizem que estão de acordo com a proposta. O soberano, satisfeito manda preparar uma grande festa de casamento. A noiva entra coberta com um grande véu. Percebe-se que se trata de Gulnara.
Concluída a cerimônia, o paxá coloca um anel no dedo da jovem. Nos aposentos do paxá, quando o véu é retirado, surge Medora, que dança para ele.
Medora consegue pegar as pistolas e o punhal do soberano e o amara.
Ao bater meia-noite, entra Conrado por uma janela e leva Medora com ele. Seid consegue se libertar e toca o gongo.
Todos acorrem, mas é tarde. O casal de enamorados já fugiu para o navio do corsário. Gulnara mostra o anel provando que sua esposa.

Segunda Cena- a bordo de um navio.

Conrado e Medora estão abraçados na ponte do navio e preparam-se para comemorar sua fuga, quando desencadeia-se uma tempestade.
Um raio atinge o barco, que se parte, e naufraga. O epílogo nos mostra Conrado e Medora, agarrados a destroços, dando a uma praia. Os dois se ajoelharam e oram por ser terem livrado do desastre.

Prólogo - O Naufrágio

Um grupo de piratas, Conrado, Birbanto e o escravo Ali, são surpreendidos no mar por uma forte tempestade, em pouco tempo seu navio encalha.

Ato I

Cena I

Conrado e os outros piratas são levados até a praia pelas ondas. Jovens gregas, lideradas por Medora e Gulnara aparecem na praia, e logo descobrem o naufrágio, imediatamente Medora e Conrado se apaixonam. Em seguida um grupo de mercadores turcos, comandados por Lankendem, em busca de jovens mulheres para serem vendidas como escravas. Os turcos capturam as jovens gregas por uma boa quantia oferecida por Lankendem, que as leva para o mercado escravo. Os corsários as seguem, para tentar resgatá-las.

Cena II – O Mercado Escravo

Em meio ao povo surge o rico Paxá Seid, procurando por belas mulheres para serem compradas para seu harém. Lankendem mostra ao Paxá todas as mulheres capturadas em suas viagens por terras distantes, mas nenhuma lhe causa interesse, até que apresenta Gulnara, dançando com ela um Pas d’action (Pas d’esclave).
Encantado com sua beleza, o rico Paxá paga enorme quantia para tê-la em seu harém, mas o trunfo de Lankendem havia sido guardado para o final, a bela Medora. Imediatamente o Paxá faz sua oferta, mas para sua surpresa um desconhecido faz uma oferta maior do que a sua, ganhando a disputa por Medora. O desconhecido revela ser Conrado e leva embora, juntamente com os outros corsários, Medora, suas amigas e o mercador Lankendem, este último preso.

Ato II – A Caverna dos Corsários

Conrado e os outros corsários levam Medora e suas amigas para dentro de sua caverna, onde guardam seus tesouros. No auge das celebrações Medora e Conrado declaram seu amor e Ali, o mais fiel corsário à Conrado, jura ser um devotado escravo à Medora. Os três dançam o Grand Pas Classique (também chamado Grand Pas de Deux a Trois ou Le Corsaire Pas de Deux).
Uma das mulheres pede à Medora que interceda, em nome de todas, para que sejam libertadas. Conrado promete libertá-las, mas Birbanto, um dos corsários, e seus amigos protestam, iniciando uma briga. Conrado cumpre o prometido, o que leva Birbanto e seus amigo a firmar acordo com Lankendem, em troca de sua liberdade Lankendem ensinaria-lhe uma poção, que quando espirrada em flores, qualquer um que as cheirasse adormeceria imediatamente.
Conrado e Medora aparecem, felizes com a chance de estarem finalmente sozinhos. Lankendem dá a Medora um buquê de flores para que ela dê a Conrado, que ao cheirá-las adormece. Lankendem, Birbanto e seus parceiros capturam Medora. Conrado acorda e juntamente com Ali vai em busca de Medora, para salva-la novamente.

Ato III

Cena I – O Harém do Paxá


Gulnare está sendo festejada pelo Paxá quando Lankendem chega com mais três lindas mulheres para entreter o harém. Elas dançam o Pas de Trois (o Grand Pas de Trois des Odalisques), em seguida o mercador traz o grande prêmio, Medora, apesar de muito triste por ter sido capturada ela se anima ao ver sua amiga Gulnare.

Cena II – Le Jardin Animé

Medora, Gulnare e as mulheres do harém vão juntas a um jardim repleto de flores e fontes mágicas, celebrar a beleza, graça e harmonia.

Cena III – O Resgate

O Paxá é alertado sobre a chegada de misteriosos peregrinos, o que coincide com a oração da tarde, sendo então conduzida pelo seu líder, que é na verdade Conrado disfarçado. Sua identidade é revelada, mas a tempo de resgatar Medora e Gulnare.

Epílogo

Medora, Conrado, Gulnare e Ali partem em busca de novas aventuras.

Carmen

O bailado segue a ópera famosíssima, de mesma nome, de autoria de Georges Bizet, que teve sua estréia no Ópera-Comique, em Paris, em 3 de março de 1875.
A ópera é um dos mais estrondoso sucessos musicais de todos os tempos, embora tivesse fracassado na estréia.
A história da cigana e seu destino terrível já foi apresentada de todas as maneiras possíveis, e em todas as artes.
A atualidade de Carmen é o fator preponderante para este êxito estrondoso. Nos dez primeiros anos, Carmen foi representada mil vezes, um recorde invejável.
Bizet adaptou a novela de Prosper Mérimée. O ballet adaptado pelo compositor soviético Ridion Chedrin, que fez o trabalho para sua mulher, a primeira bailarina do Bolshoid de Moscou, Maia Plistskaya, uma das mais célebres bailarinas do mundo.
O bailado estreou em Moscou em 1970. Chedrin utilizou as magníficas melodias, com uma orquestração excepcional, utilizando principalmente cordas e muita percussão.
O prelúdio da ópera começa com o vigoroso ritmo refletindo a festiva atmosfera da tourada do último ato. Então, soa o vibrante refrão da famosíssima canção do Toreador.
Esta é seguida pelo sombrio motivo do destino. Justamente aí há um crescimento orquestral que é seguido por um coro explosivo.
Os personagens do Ballet são os mesmo da ópera, destacando-se Carmen, Toureador e Don José. O bailado, que dura 45 minutos, em contraposição às duas horas e meia da ópera, apresenta as seguintes partes:
Introdução;
Dança;
Primeiro Intermezzo;
Rendição da Guarda;
Entrada de Carmen e Habanera;
Cena;
Segundo Intermezzo;
Bolero;
Toureador;
Toureador e Carmen;
Adágio;
adivinhação do Destino;
e Final.

La Fille Mal Gardée

Bailado- pantomima em três atos e dois quadros. Poema e coreografia de Dauberval, representado pela primeira vez em Bordéus em 1786.

Dauberval é um nome artístico de Jean Bercher, o mais antigo coreógrafo ainda representado, tendo nascido em 1742 e falecido em 1806. É considerado por alguns autores como criador do ballet comédia ou ballet-pantomima.
Quando de sua estréia, a música era uma seleção de trechos populares.
Mais tarde, quando Jean Aumer, um dos discípulos de Dauberval, reviveu o bailado no Ópera de Paris, em 19 de setembro de 1827, a peça recebeu uma partitura completa de Ferdinand Hérold.
Entre 1860 e 1870, Paul Taglioni apresentou a obra em Berlin com música de hertel. Já em nosso século, na década dos cinqüenta, quando revivido no Teatro Marinsky de Leningrado, o Bailado, o bailado teve um arranjo de música de Delibes, Drigo, Hertel, Minkus, Rubinstein e outros.
As modernas apresentações utilizam a música de Hérold. O bailado foi apresentado pela primeira vez no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 24 de Julho de 1928, em Sexta récita de assinatura da Grande Companhia de Bailados Clássicos Anna Pavlova, com grande estrela como Lisa e Pierre Vladimirof como Colas. Trata-se do mais antigo ballet ainda mantido repertório mundial.

Personagens: Simone, dona de uma próspera fazenda; Lisa sua filha; Colas, jovem camponês, apaixonado por Lisa; Thomas; rico vinhateiro; Alain, seu filho; o Notário da Aldeia.

O enredo é muito simples, pois trata do desejo da mãe em ver a filha casada com um ricaço, ridículo, e que em nada pode despertar o amor.

A filha ama um camponês pobre. Aliás, esse bailado já foi apresentado com o título A Inútil Precaução, usado por muitas obras, inclusive como subtítulo da ópera O Barbeiro de Sevilha, de Rossini.

O primeiro ato representa uma pequena aldeia, tendo a um lado a fazenda da viúva Simone. O dia amanhece. Lisa sua filha está apaixonada por Colas, um jovem camponês das redondezas. A mãe, entretanto, planeja casá-la com Alain, cujo pai, Thomas, possui um vinhedo e é muito rico. O primeiro ato transcorre numa série de quiproquós e confusões, com os dois jovens apaixonados procurando fugir da severa vigilância materna. Destacam-se a dança das galinhas e dos gatos, no início; a dança da fita de Lisa; e o pas de deux de Lisa e Colas com a fita.

O segundo ato nos apresenta um trigal. A colheita foi feita e dos festejam alegremente. Thomas, querendo impressionar, trouxe um carrinho puxado por um pônei, onde coloca Lisa. Mas Alain é um perfeito imbecil. Uma tempestade dispersa a festa. Alain é arrastado pela força do vento.

O terceiro ato representa o interior da fazenda de Simone. Ela e afilha estão chegando encharcadas pela chuva. Simone tranca a porta e coloca a chuva, numa enorme corrente, dentro do bolso de sua saia. Em seguida, vai à troca fiar, e Lisa a ajuda a enrolar o fio. Logo, a velha adormece. Lisa tenta tirar a chave, mas a mãe acorda. Toma de um pandeiro, e as duas põem-se a dançar. Simone volta a dormir. Surge Colas no postigo da porta. Os dois jovens se beijam e se abraçam. Percebendo que Simone está acordando, Colas Fecha o postigo, e Lisa volta a dançar. Batem à porta. São os aldeões que vêm a cobrar pelas suas jornadas. Simone lhes paga. Dança dos aldeões. Simone sai com os trabalhadores, mas deixa Lisa trancada. De repente, Colas surge do meio do monte de feixes. Os enamorados trocam juras de amor e seus lenços. Percebendo que Simone está de volta, Lisa esconde-o um quarto em cima da escada. A jovem finge que está varrendo, mas a velha desconfia de algo ao ver o lenço e pergunta onde arranjou. Lisa fica confusa, e Simone a tranca no mesmo quarto em que estava Colas. Batem à porta. Chegam Thomas, Alain e o notário da aldeia para celebrar o contato nupcial. Alain chama os camponeses para presenciarem a assinatura do contrato. Simone diz que Alain pode ir buscar a noiva no quarto, mas, assim que ele começa a subir a escada, Colas lhe barra o caminho. Em seguida surge Lisa. Os jovens se ajoelham e pedem que os deixem casar-se. O notário e os camponeses também intercedem por eles. A final, Simone dá seu consentimento, para sua tristeza para tristeza de Thomas e Alain. O bailado termina com uma alegre festa rústica, depois de um pas de deux dos noivos.

La Sylphide

'La Sylphide' estreou em 1832 como um dos primeiros gritos de um movimento juvenil que lutava contra o sistema da época. Ele assustou os estabelecimentos de dança e foi visto como a voz de uma nova geração, que igualmente à técnica tinha um potente caráter expressional no que dizia respeito à angústia e à raiva.

La Sylphide introduziu o mundo da dança na Era Romântica, uma geração de artistas jovens que revolucionaram o ballet com seu desprezo à realidade e paixão pela ilusão.
Com a Revolução Francesa em 1789, o Estado do qual os bailarinos e artistas do Leste Europeu dependiam tanto desapareceu. E esta nova geração, respondendo à opressão e anonimato da Revolução Industrial, tiveram as cabeças voltadas à um mundo de sonhos, algum lugar oposto à desagradável realidade.
Foi o primeiro ballet a exprimir com sucesso a filosofia Romântica. Um herói prestes à viver feliz para sempre, que de repente joga tudo para o alto em busca da verdadeira felicidade - uma busca que se mostra improdutiva. James, um camponês escocês, está prestes a se casar com uma camponesa chamada Effie. Uma Sílfide se apaixona por James no dia de seu casamento. Ela se torna visível para ele, e ele também corresponde a seu amor, deixando sua noiva, parentes e os convidados do casamento para fugir com a Sílfide.
James, um simples mortal, percebe que é impossível mantê-la como uma mortal. Madge, uma bruxa, percebe a aflição de James e o oferece um lenço mágico que deve ser amarrado nos quadris na Sílfide. Ele diz que isto fará suas asas caírem e assim ela não poderá voar. A esperança de James ter a Sílfide como sua para sempre é destruído quando ela cai no chão, morta. As demais sílfides aparecem e a tomam. A Sílfide morre em seus braços enquanto James, triste, vê tudo. As sílfides a deixam no ar e a levam embora. De longe, James percebe que Effie está se casando com outro homem. Madge entra e confronta o raivoso James. Ele tenta assassiná-la, mas Madge o enfeitiça com um sopro e o mata. Madge alegra-se por sua vitória e então o ballet termina. Não é um costumeiro final feliz, mas foi este ballet que influenciou uma geração que mudou a cara da dança, com a criação de tanta coragem e belas ilusões.

O Lago dos Cisnes

Ballet em quatro atos baseado na versão francesa de um conto de fadas alemão.

Música : Piotr Ilyich Tchaikovsky.

Coreografias:Primeira coreografia por Julius Reisinger. Segunda coreografia e de sucesso por Marius Petipa (Atos I e III) e Lev Ivanov (Ato II e IV).

Estréia: em Moscou a 4 de Maio de 1877, no Bolshoi Theater (versão de Reisinger). Segunda versão a estrear somente em 27 de Janeiro de 1895, no Mariinsky Theater, em São Petersburgo. Com Pierina Legnani (Odette-Odile), Pavel Gerdt (Príncipe Siegfried), Alexander Oblakov (Benno), Alexei Bulgakov (Von Rothbart).

"O Lago dos Cisnes", com o passar dos anos e com a evolução do ballet tem se tornado o mais popular de todos. É o ballet que captura como nenhum outro todas as emoções humanas, da esperança ao desespero, do terror ao carinho, da melancolia ao êxtase. Surpreendentemente após sua primeira estréia, "O Lago dos Cisnes" não foi muito bem recebido, se tornando um grande fiasco. Em sua primeira apresentação lhe deram coreografias pobres e o ballet foi condenado a não ter nenhum futuro promissor. A versão que sobrevive até hoje é o sucesso que dois russos juntos coreografaram. Eram eles Marius Petipa e Lev Ivanov, o brilhante coreógrafo que desenvolveu toda a idéia dramática central de uma moça presa em um corpo de um pássaro, sendo assim representado pela leveza dos movimentos dos braços da bailarina, as articulações de seus pés e a posição de sua cabeça e o alongamento do pescoço.
"O Lago dos Cisnes" conta a história do jovem Príncipe Siegfried, que se apaixona por Odette, uma rainha que foi transformada em um cisne por um feiticeiro malvado. Odette o explica que ela é destinada a permanecer como esta estranha criatura, até ser resgatada por um homem que jure amor eterno a ela. Encantado com a beleza dela, o Príncipe promete jurar amor eterno ao mundo. Mas logo em seguida, na festa em sua homenagem por seu 21º aniversário ele é enganado pelo feiticeiro, von Rothbart, declarando seu amor por Odile, uma gêmea malvada de Odette, o levando a jurar amor por ela. Quando ele se deu por si, correu de volta ao lago. Lá ele combate Von Rothbart e destrói seu poder e assim os apaixonados podem ficar juntos e felizes para sempre. Este é um dos mais difíceis balés tecnicamente, em parte pela honrosa bailarina italiana chamada Pierina Legnani. Quando ela se apresentou nos papéis principais de Odette/Odile, ela com toda sua habilidade conseguiu executar 32 fouettés de uma só vez. O público ficou tão impressionado com a agilidade da russa que a partir desta apresentação, qualquer bailarina que pegasse este papel deveria executar todos os 32 fouettés. Talvez "O Lago dos CIsnes" seja considerado tão difícil pelo fato de que a interpretação é um fator primordial para a essência do espetáculo. É difícil interpretar e dançar ao mesmo tempo. É isso que impressiona no balé.

Primeiro ato:

Um campina próxima ao castelo. É tarde. O Príncipe Siegfried organizou uma caçada para celebrar seu vigésimo primeiro aniversário. Os trabalhadores tiveram folga e organizaram um piquenique que o Príncipe prometeu ir, mas este foi interrompido pela Rainha, sua mãe, que o lembrou que era seu dever nesta sua maioridade de escolher uma noiva entre seis princesas. Quando o sol vai se pondo os trabalhadores vão indo embora. O Príncipe, triste em pensar que sua liberdade iria embora foi animado por Benno, que avistou alguns cisnes. O Príncipe, pensando que a noite é uma criança, vai em busca deles, e os outros caçadores vão embora.

Segundo ato:

Algumas horas depois, à beira do lago. Enquanto o Príncipe Siegfried adentra a floresta para caçar, vê um belo cisne a voar. Ele cuidadosamente o mira, mas, para sua surpresa, o pássaro se transforma na mais linda das moças, e ele se esconde por entre as árvores para observá-la. Incapaz de conter sua curiosidade, ele aparece e a assusta. Ele assegura que nenhum mal irá fazer para com ela e a pede que explique o fenômeno que acabara de presenciar. Impresionada por sua gentileza, Odette revela a história de sua situação. Ela conta que é uma Princessa nascida em berço de ouro que foi enfeitiçada por um feiticeiro malvado e agora sua sina é ser um cisne ; apenas em algumas horas do escuro é que ela se tranforma em humana. O lago em que habita foi formado pelas lágrimas de sua mãe. Ela conta que está condenada para a eternidade, e somente se um jovem virgem jurar eterna fidelidade a ela e desposá-la, só assim ela se libertará. Mas, se ele a trair, então ela permanecerá um cisne para sempre. Neste momento, o feiticeiro aparece. O Príncipe apaixonado pega seu arco e flecha, mas Odette imediatamente protege o feiticeiro com seu corpo, pois sabe que se ele for morto antes do feitiço ser quebrado, também ela morrerá. O feiticeiro desaparece, e Odette se esconde na floresta. Siegfried percebe que seu destino está agora mudado. A alvorada começa a aparecer Odette é tomada mais uma vez pelo feitiço, retornando a seu disfarce de cisne. Siegfried vai embora desesperado.

Terceiro ato:

A noite seguinte, no Salão de Festas. Convidados de muitas realezas aparecem para a festa de aniversário, incluindo as seis princesas e seus dotes, de que a Rainha Mãe escolhera como eligíveis esposas para a mão de seu filho. A Rainha ordena que o entretenimento comece, e então convida as princesas a dançar. O Príncipe dança com cada uma. Sua mãe então o ordena que se decida, mas ainda com a memória de Odette, ele recusa todas, para desgosto da mãe. A fanfarra anuncia então a chegada do Barão Von Rothbart com sua filha Odile. Siegfried, que se encanta com a beleza de Odile é seduzido por sua semelhança com Odette, e declara seu amor e fidelidade a ela. Rothbart e Odile, triunfantes, revelam sua decepção, e Siegrfried percebe que foi vítima de um plano malvado. Ele corre então no meio da noite.

Quarto ato:

À noite na beira do lago. Todos os cisnes estão ansiosos pelo desaparecimento de Odette. Ela aparece e conta do plano de Rothbart, dizendo que antes do amanhecer ela deve morrer. Houve-se o barulho de um trovão. Siegfried a acha e implora seu perdão. Enquanto o amanhecer se aproxima, Rothbart aparece mais uma vez disfarçado de feiticeiro. Odette conta a Siegfried que ela deve se matar, ou então será eternamente um cisne. Siegfried, sabendo que seu destino está mudado para sempre, declara que ele irá morrer com ela, assim quebrando o poder de Rothbart. Os apaixonados se jogam no lago. Rothbart recebe um choque mortal e todo o seu poder está acabado. Enfim, o casal estará unido para sempre na vida após a morte.

Balé dramático em quatro atos
Libreto: V.P. Begitchev e Vasily Geltzer
Coreografia: Julius Reisinger (primeira produção); Marius Petipa (1º e 3º atos, segunda produção) e Lev Ivanov(2º e 4º atos, segunda produção)
Cenários: Shangin, Valtz e Groppius (primeira produção); Botcharov e Levot (segunda produção)
Música: Piotr Ilyich Tchaikovsky
Figurinos: H. Simone e Vormenko
Estréia mundial da primeira produção: 20 de fevereiro de 1877, no Teatro Bolshoi, Moscou. Pelágia Karpakova interpretou Odete-Odile e S. Gilbert II, Siegfried. Segunda produção: 27 de janeiro de 1895 no teatro Maryinski, em São Petersburgo. Pierina Legnani interpretou Odete-Odile e Paul Gerdt, Siegfried.

Libreto

Ato I

Uma festa era realizada em comemoração ao 21° aniversário do príncipe Siegfried, porém, justamente por ter atingido a maioridade, a Rainha-mãe decide que na noite seguinte o rapaz deveria escolher sua noiva, em meio a um grande baile.

Ato II

O príncipe e seus amigos resolvem ir até a floresta para caçar, quando avistam em um lago diversos cisnes. Siegfried prepara-se para atirar, no entanto os cisnes transformam-se em belas e jovens princesas. Odete, a Rainha dos Cisnes, conta-lhe o que lhes aconteceu, o bruxo Rothbart lançou a todas aquelas moças uma maldição. Durante o dia elas seriam cisnes e somente após a meia-noite até a aurora se transformariam em humanas.
O encanto só seria quebrado se Odete encontrasse um jovem bom, de coração puro, que a amasse e jurasse à ela fidelidade. Siegfried se apaixona por Odete e jurando seu amor, convida-a para ir ao baile que haveria no dia seguinte, no qual quebraria o encanto. A princesa adverte Siegfried para as artimanhas de Rothbart.

Ato III


Durante a festa, vários convidados que chegavam de diversos lugares mostravam suas danças. A Rainha-Mãe apresenta ao príncipe seis princesas, para que ele escolhesse uma delas para ser sua noiva. O príncipe não demonstra interesse algum por nenhuma, seus pensamentos estão voltados para Odete.
A chegada de um estranho cavalheiro e sua jovem filha é anunciada. O cavalheiro é Rothbart que havia se disfarçado de nobre, enquanto a jovem moça era Odile, filha de Rothbart, que por magia de seu pai adquirira a aparência de Odete.
O príncipe, sentindo-se eufórico ao ver sua amada, não percebe que ainda não é meia-noite e que aquela não poderia ser Odete. Dança com a moça, fazendo sua escolha e juras de amor à ela. Depois de notar seu equivoco, sai correndo desesperado em direção ao lago.

Ato IV

Odete junto a suas amigas, sente-se totalmente desamparada e traída. O feiticeiro encontra o príncipe, com o qual luta tentando mata-lo, convocando todas as forças da natureza. Odete e o príncipe atiram-se no lago, provando o amor verdadeiro de Siegfried e quebrando o feitiço, além de destruir o próprio Rothbart.

Paquita

Músico: Edouard Delvedez.

Coreografia: J. Mazilier e Marius Petipa.

Estréia: Paris, Teatro Impreial de Música ( atual Ópera de Paris ) em 01/04/1846.

Bailado em dois atos e três cenas.

A história transcorre em Saragoza, na Espanha. Em uma festa na casa de Dom Lopezestão todos sentados esperando a dança dos ciganos. Dom Lopez tenta aproximar Lucien, seu filho, da filha do governador. Os dois jovens não gostam muito da idéia. Entra Paquita, a cigana, e Inigo, o chefe dos ciganos e começam a dançar. Paquita e Lucien trocam olhares. Ao acabar a dança, Inigo pede a Paquita para passar o chapéu entre os convidados. Ela não gosta e Inigo ameaça bater-lhe, quando Lucien surge na sua frente. Inigo percebe o interesse de Lucien em Paquita. O governador chama Inigo e juntos tramam a morte de Lucien, combinando de usar Paquita para atraí-lo. Paquita e Lucien encontram-se a sós e ele pede a ela que fuja com ele. Ela, assustada, não aceita. Todos vão embora, e Lucien diz que irá depois, porque os ciganos darão uma festa em sua homenagem. Enquanto isso, Inigo e o governador estão tramando a morte de Lucien. Quando Paquita escuta que eles colocarão veneno na bebida do jovem, eles se retiram e, Paquita, nervosa, faz barulho. Inigo a surpreende, mas ela o convence que acabara de entrar. Entra Lucien, que pede abrigo a Inigo, que concorda. Paquita tenta avisá-lo por sinais de que corre perigo. Inigo pede que Paquita prepare a refeição. Lucien se dá conta do perigo. Durante o jantar, Paquita mostrará o que ele pode beber ou não. Ao chegar a bebida envenenada, Paquita derruba uns pratos e, na confusão, ela troca os copos. Logo depois, Inigo adormece. Os dois fogem, pois os guardas do governador iriam chegar para matar Lucien. Os dois vão até a casa do Conde de Hervilly, onde contam que o governador tramou tudo com o cigano. Paquita reconhece a fisionomia do Conde como se fosse seu pai. O Conde diz que ela era sua sobrinha, e que seu irmào havia sido morto por ciganos. Ela entende ser a única sobrevivente do ataque, passando a ser criada por Inigo. O Conde manda prender toda a comitiva do governador, e adota sua sobrinha dando uma bela festa junto com Lucien.

Raymonda

Um bailado em 3 atos, estreado em 19 de Janeiro de 1898, no Teatro Mariinski em São Petersburgo (Rússia), pela coreografia de Marius Petipa, libreto de Lydia Pashkova e do próprio coreógrafo. Música de Alexander Glazunov. Na estréia, dançaram Pavel Gerdt, como Abderakhman, Pierina Legnani, como Raymonda e Sergei Legat como Jean de Brienne. Atualmente pertence ao repertório do Ballet da Ópera de Paris.

'Raymonda' surgiu a partir da idéia de misturar a cultura medieval com o exotismo oriental, após sucessos como 'O Lago dos Cisnes' e "La Bayadére'. Assim pensaram em ambientar o bailado durante as Cruzadas, onde uma mulher fosse amada por dois homens e o choque de culturas pudesse ser explorada ao máximo. A partir destes itens o libreto de 'Raymonda' foi escrito por Lydia Pashkova, que não foi muito bem aceito por Vsevolojski, diretor do Teatro Imperial, que o reescreveu junto com Marius Petipa. Havia grandes incoerências históricas, que mesmo com pequena correção ainda apresentam deficiências. O Cavaleiro Jean de Brienne só aparece no final conflito dramático, ou seja, já no final do II ato. O mesmo acontece com seu rival, o sarraceno Abderakhman, que só entra em cena como personagem real no II ato, e em todas as suas entradas, fascinado por Raymonda, tenta conquistá-la, mesmo que à força. Assim os personagens acabam por se tornar um pouco exangues. A própria Raymonda não apresenta qualquer profundidade dramática. Petipa queria que o II ato se passasse em Córdoba ou Granada.
Em suas notas encontramos: O sarraceno decide raptar Raymonda e levá-la consigo para a Espanha. Foi prevendo isto que compôs a 'suíte oriental'do II ato. A protagonista deveria inclusive participar dela, envergando trajes mouros. Petipa desejava ainda acrescentar uma quarta personagem, a bela Galiana, que seria a sedutora antagonista da prisioneira provençal. Petipa teve porém que renunciar aos seus projetos e adequar-se ao enredo mais convencional de Lydia Pashkova e de Ivan Alexandrovich Vsevolojski. A ação se desenrola no século XIII.

Ato I : Palácio de Raymonda

Prepara-se a festa do aniversário de Raymonda, sobrinha da Condessa Sybil de Daurice, da França. Todos dançam alegres e despreocupados. Entra a Condessa, que repreende os convivas por sua ociosidade. Mostra-lhes a estátua da Dama Branca, uma antepassada sua, que castiga os que se mostram infiéis às tradições da família. O Cavaleiro Jean de Brienne vem despedir-se da noiva, Raymonda. Ele está de partida para uma cruzada chefiada pelo Rei André II, da Hungria. Cai a noite. Surge diante de Raymonda o fantasma da Dama Branca, que conduz a jovem ao Reino Mágico da Fantasia, onde Jean de Brienne a espera. Eles dançam felizes. Repentinamente Jean desaparece. Surge em seu lugar um desconhecido e exótico Cavaleiro Oriental, que faz uma apaixonada declaração de amor à encantada Raymonda. Esta, assustada, desfalece. Com a chegada da aurora, a jovem desperta e conclui que as visões foram uma premonição de seu destino.

Ato II: No castelo dos Daurice

Uma festa está em andamento. Os convidados vão chegando, entre eles o cavaleiro sarraceno Abderakhman, com enorme comitiva. Assustada, Raymonda reconhece nele o misterioso cavaleiro dos seus sonhos. Abderakhman oferece à jovem poder e riqueza em troca da sua mão. Enfurecido ao ver-se repelido por Raymonda, ele decide raptá-la. Nesse exato momento entram Jean de Brienne e os cavaleiros, que retornam da cruzada, tendo à frente o Rei Andrei II. O rei propõe que Jean e Abderakhman decidam seu destino em um duelo. Jean de Brienne sai vencedor. Ele e Raymonda estão novamente juntos.

Ato III: Parque do castelo de Jean de Brienne

Comemoração das bodas de Jean e Raymonda. Desfile dos convidados. Andrei II abençoa os noivos. Os festejos terminam com um grande baile húngaro em homenagem ao rei.

Romeu e Julieta

Nome: Romeu e Julieta, balé em 3 atos e 13 cenas.

Estréia: 11 de Janeiro de 1940, no Teatro do Kirov, em Leningrado.

Coreografia: Kenneth MacMillan, depois de Lavrovsky, assim como outros; Romeu e Julieta é uma das histórias que possuem mais versões em ballet.

Música: Sergei Prokofiev

Bailarinos da estréia: Galina Ulianova (Julieta) e Constantin Sergueyev (Romeu).

Ato I


Cena 1: No mercado de Verona

Romeu, filho dos Montéquio, tenta sem sucesso declarar seu amor a Rosalina e é consolado por seus amigos Mercúrio e Benvolio. As pessoas começam a se encontrar no mercado, e uma discussão ocorre entre Tebaldo, sobrinho dos Capuleto, e Romeu e seus amigos. Os Capuletos e os Montéquio são inimigos eternos, e por isso, logo se inicia uma briga. Os Montéquios e os Capuleto lutram entre si, até que são interrompidos pela chegada do Príncipe de Verona, que tenta dar fim à hostilidade existente entre as duas famílias.

Cena 2: A sala de Julieta na casa dos Capuleto

Julieta, brincando com sua ama, é interrompida por seus pais. Eles a apresentam a Paris, um rico e jovem nobre que pediu sua mão em casamento.

Cena 3: Fora da casa dos Capuleto

Os convidados chegam para o baile oferecido pela família. Romeu, Mercúrio e Benvolio se disfarçam com máscaras e decidem ir em busca de Rosalina.

Cena 4: O salão de bailes

Romeu e seus amigos chegam no clímax da festa. Os convidados vêem Julieta dançando; Mercúrio, vendo que Romeu está hipnotizado por ela, decide distrair sua atenção. Tebaldo reconhece Romeu e ordena que deixe o salão, mas um Capuleto intervém e o acolhe como convidado em sua casa.

Cena 5: Fora da casa dos Capuleto

Enquanto os convidados deixam o salão, o Capuleto reprime Tebaldo por perseguir Romeu.

Cena 6: O balcão de Julieta

Sem conseguir dormir, Julieta fica em seu balcão pensando em Romeu, quando ele de repente aparece no jardim. Eles então confessam o amor que sentem um pelo outro.

Ato II


Cena 1: O mercado de Verona

Romeu só consegue pensar em Julieta e, vendo um cortejo de casamento passar, ele sonha no dia em que vai desposá-la. Enquanto isso, a ama de Julieta se espreme no meio da multidão para entregar uma carta para Romeu. Ele lê e recebe o "sim" de Julieta para o casamento.

Cena 2: A capela

Os amantes se casam secretamente com Frei Lourenço, que espera que assim se acabe a intriga entre os Motéquio e os Capuleto.

Cena 3: O mercado de Verona

Interrompendo a farra, Tebaldo luta com Mercúrio e o mata. Romeu vinga-se da morte de seu amigo e é exilado.

Ato III


Cena 1: O quarto

Na aurora de um novo dia, a agitação na casa dos Capuleto é muita, e Romeu deve ir embora. Ele abraça Julieta e parte no momento em que os pais de Julieta aparecem com Paris. Julieta recusa-se a casar com ele, e, magoado com sua recusa, ele a deixa. Os pais de Julieta se aborrecem e ameaçam deserdar a filha. Julieta vai ao encontro de Frei Lourenço.

Cena 2: A capela

Julieta cai nos pés do frei e implora por sua ajuda. Ele lhe dá um frasco com uma poção que a fará dormir, de maneira que todos pensem que é morta. Seus pais, acreditando estar ela realmente moribunda, irão enterrá-la no mausoléu da família. Enquanto isso Romeu, avisado pelo Frei Lourenço, irá voltar à noite para buscá-la e juntos fugirem de Verona.

Cena 3: O quarto

Esta noite, Julieta aceita que Paris a despose, mas na manhã seguinte, quando seus pais chegam com Paris, percebem que ela está morta.

Cena 4: O mausoléu dos Capuleto

Romeu, não avisado pela mensagem do Frei, volta à Verona atordoado com a notícia da morte de sua amada. Disfarçado como um monge, ele entra no mausoléu e, vendo Paris sobre o corpo de Julieta, o mata. Acreditando que ela está morta, Romeu se envenena. Julieta acorda, e vendo seu Romeu sem vida, se suicida também com um punhal, pois não pode viver sem seu grande amor.

O Quebra-Nozes

A história se passa na Europa Oriental, durante o século XIX.
Um médico e prefeito da cidade, Jans Stahlbaum se maravilha ao realizar um Natal para sua família e amigos. Seus dois filos, Clara e Frantz, esperam ansiosos por seus convidados. A neve traz uma atmosfera festiva enquanto os convidados chegam. Atrasado, como sempre, chega Herr Drosselmeyer, padrinho de Clara, que chega com grande festa. Ele entrete todos os espectadores com seus bonecos dançantes. Todas as crianças recebem presentes. Com um pouco de inveja, Clara pergunta a Drosselmeyer por seu presente. Ele brinca com ela e depois a oferece um presente bem diferente, um quebra-nozes. Encantada, Clara logo se fascina pelo brinquedo. Seu irmão rouba seu presente e o quebra, deixando Clara desapontada. Drosselmeyer conserta o pobre quebra-nozes, mas Clara ainda está desapontada. Mas o padrinho promete que tudo ficará bem. A noite chega e os convidados começam a deixar a casa. Clara vai para a cama, mas ela acorda de repente no meio da noite e vê que seu querido Quebra-Nozes toma vida. Ó não! Surgem ratos malvados de todos os lados! Eles estão sendo comandados pelo Rei dos Ratos, que corajosamente é derrotado pelo quebra-nozes. De lá eles são transportados para uma terra de magia, numa embarcação especial. Lá o Quebra-Nozes se tranasforma num encantador Príncipe. Eles atravessam uma terra encantada onde encontram os dançantes flocos de neve. Avisada pelos anjinhos, a Fada Açucarada fica sabendo que o príncipe e sua acompanhante chegam, e assim convoca todo o povo de seu Reino dos Doces. Ao chegar, o príncipe conta suas aventuras como quebra-nozes, e em seguida os dois são deliciados com as mais gostosas guloseimas, com todos os personagens do reino dos doces dançando para eles. Ao final, Clara acorda e percebe que tudo foi um sonho.

Balé originalmente em dois atos e três cenas
Libreto: Lev Ivanov
Coreografia: Lev Ivanov
Musica: Piotr Ilyich Tchaikovsky
Cenários: M.S. Botcharov
Figurinos: autores desconhecidos
Estréia mundial: 17 de dezembro de 1892 no Teatro Maryinski em São Petersburgo, Rússia.
Antonietta Dell-Era interpretou a Fada Açucarada e Paul Gerdt, o Príncipe.

Libreto

Ato I - Cena I

Em uma festa de natal, Clara Stahlbaum, recebe do padrinho, Herr Drosselmeyer, um boneco quebra-nozes, em forma de soldadinho. As crianças passam a festa com a atenção voltada para Drosselmeyer, que mostra mágicas e danças, além de um teatro de fantoches.
Ao terminar a festa, todos vão dormir, mas Clara não consegue parar de pensar em tudo que havia acontecido naquela noite. A menina volta à sala, para ver seu presente e acaba adormecendo. Sonha com um exército de ratos invadindo a sala, e para defende-la, um exercito de soldadinhos de chumbo comandado pelo Quebra-Nozes. O Rei dos Ratos fere o boneco que ,desarmado, está prestes a perder a batalha. Nesse momento, Clara atira sua sapatilha no Rato, salvando o Quebra-Nozes.

Ato I - Cena II

Clara sente a presença de seu padrinho, e magicamente o boneco é transformado em um belo príncipe. Ela é conduzida ao Reino das Neves.

Ato II

Logo em seguida, ao chegar no Reino dos Doces, conhece a Fada açucarada, a qual homenageia Clara com uma grande festa.
Danças de diversas regiões são executadas, simbolizando o chocolate, o café, o marzipan, o chá, etc. No final a Fada Açucarada e o Príncipe dançam o grande Adágio.
A menina começa a ficar sonolenta, retornando a um sono profundo. Quando amanhece Clara é encontrada pelos pais dormindo ao pé da árvore de Natal, abraçada ao quebra-nozes.

Spartacus

Bailado em três atos. Música de Aram Khachaturian, coreografia de Yuri Grigorovitch. Estreou em 1968 no Teatro Bolshoi de Moscou. Estréia no Teatro Nacional de Brasília, Sala Villa-Lobos, em 7 de maio de 1968, na primeira récita do Ballet Bolshoi no Brasil.

Spartacus, morto em 71 a . c, foi chefe da revolta dos gladiadores contra Roma. Era trácio de nascimento e serviu nas tropas auxiliares do exército romano. Não querendo a servidão, desertou com um grupo de companheiros.

Capturado, foi vendido em Cápula, e tornou-se gladiador.

Formou uma conspiração com seus companheiros e fugiu à frente de setenta homens, aos quais se juntaram outros escravos. Colocaram-se no Vesúvio, em uma posição estratégica, de onde saíam para vencer os destacamentos mandado contra eles.

O pretor Cláudio foi ataca-los mas vencido. Conseguiu a adesão de pastores e camponeses, atingindo, então, dez mil sob seu comando. Paulatinamente, crescia o exército de Spartacus, atingindo o máximo de setenta mil homens. A partir daí, as dissenções internas fizeram com que Spartacus sofresse um série de derrotas, e seu exército foi diminuindo. regência do maestro e compositor também de bailados Ricardo Drigo.

Spartacus conseguiu atingir o Vale do Pó, pois pretendia deixa a Itália. No entanto, Crasso, enviado por Roma, foi, aos poucos, fazendo com que ele recuasse e voltasse para o Sul. Spartacus tentou em vão sublevar a Sícilia. Mesmo assim, ainda venceu dois generais de Crasso. Este último pediu auxílio ao Senado. Pompeu ocorreu em auxílio. Numa última batalha, Spartacus morreu heroicamente. Pompeu concluiu a campanha e recebeu todas as honras.

Personagens: Spartacus; Crasso; Frígia; Egina e Gladiador.

O resumo que se segue é o que consta do programa da estréia brasileira:

Primeiro Ato - A Invasão

As legiões do Império romano, comandadas pelo cruel e pérfido Crasso, trazem a morte e a devastação para a vida pacífica. Todos os seus cativos são condenados à escravidão. Entre eles está Spartacus. Spartacus se vê privado de sua liberdade, mas não se abate. Orgulhoso e intrépido, o herói não imagina a sua vida na escravidão.

Primeiro Ato- Encantamento

Estamos nos jardins do palácio real, 16 anos depois. O rei proibiria, desde a profecia de Carabosse, fusos e agulhas em seu reino. Há uma dança em honra de quatro príncipes, que vieram da Inglaterra, da Itália, da Espanha e da Índia, a fim de pedir a Mão da Princesa Aurora. Cantalbutte, ao ver fusos nas mãos de alguns jovens, apressa-se a arrancá-los deles, lembrando a proibição real. Entram o rei e a rainha. O rei, ao ver os fusos, fica furioso, mas é acalmo pela esposa. Depois que os príncipes se apresentam, entra Aurora. Aurora é apresentada aos príncipes, seguindo-se o conhecido adágio da Rosa, quando a princesa dança com os quatro pretendentes. Depois, as danças das damas de honra e dos pajens. Uma velha encapuçada entra despercebida e oferece a Aurora um fuso de fios de várias cores. Aurora aceita, agita o fuso sobre a cabeça e espeta o dedo. Logo depois, cai ao solo. Ouve-se um estrondo, e Carabosse se revela como a velha, rindo triunfante e fugindo em seguida. A Fada Lilás aparece, manda que levem Aurora para o palácio e com sua varinha mágica, transforma o cenário numa floresta de árvores e flores.

Segundo Ato- A visão

Cem anos depois numa clareira na floresta à beira de um riacho. O Príncipe encantado com amigos. Quando estes se vão, o príncipe fica só e demonstra sua tristeza. Surge a Fada Lilás, a quem o príncipe conta seus desgosto. A fada, numa visão, lhe apresenta Aurora, e o príncipe se apaixona por ela. Dança com Aurora e outras fadas. Acaba a visão. O príncipe se queixa à Fada Lilás, que promote levá-lo ao castelo, onde a bela adormecida espera um beijo de amor.

Terceiro Ato - O Despertar e o Casamento

O grande salão do rei, envolto em pó e telas e aranha, num abandono de um século. No centro do salão, um esquife e dentro dele, a Princesa Aurora adormecida. Entram a Fada Lilás e o Princípe. Este se aproxima da princesa e a beija docemente. Aurora desperta, e logo o salão se enche de luz, desaparecendo os vestígios de abandono. O esquife mergulha no chão, e o palácio ressurge em todo o seu esplendor. Todos despertam do sono de cem séculos. Segue-se a grandiosa cena do casamento. Desfilam todos os personagens dos contos de fadas infantis, com suas danças característica. Depois, o Príncipe Desiré e a Princesa Aurora executam um longo pas de deux. Concluído este, todos se juntam numa brilhante mazurca final, numa grande alegria.

O Guarani

Da opéra do nosso Carlos Gomes há o conhecido bailado dos índios no terceiro ato.
A cena mostra o acampamento dos aimorés, no limiar de uma floresta, a pequena distância do solar que se vê ao fundo.
Ceci foi capturada pelos índios. Estes cantam sua vitória contra os portugueses. Depois do coro, entra o cacique, empunhando o tacape de chefe. Está paramentado como convém a um chefe selvagem. Aumenta as impreções contra os portugueses e quer ver a prisioneira. Levantando o véu de Ceci, fica admirado ante sua beleza, dizendo-lhe que agora será a rainha da tribo. Os índios se alvoroçam à chegada de um novo prisioneiro: Peri. Esta confessa ao cacique que vinha disposto a matá-lo. Os aimorés o ameaçam, mas são detidos pelo cacique, que lhes diz que deve ser seguido o ritual sagrado. Amarram Peri a uma árvore, e o cacique, tomando Ceci pela mão, senta-se a seu lado numa éspecie de trono.
Tem início, então, o longo bailado, um dos pontos altos da opéra, com ritmo e motivos típicos, de impressionante beleza musical.

O Pássaro de Fogo

Ballet em 3 atos.
Coreografia: Michel Fokine.
Música: Igor Stravinsky.
Cenário e Figurinos: Golonine e Baskt.
1ª apresentação: (Companhia do Ballet Russo de Diaghliev) Teatro da Ópera de Paris - França - em 25 de julho de 1910.
Principais intérpretes: Michel Fokine (Ivan), Tamara Karsavina (Pássaro de Fogo) e Enrico Cechetti (Katschei).

No jardim do mago Katschei havia muitas árvores, que durante todo o ano davam frutos encantados: maravilhosas maçãs de ouro. Nesse mesmo jardim viviam também algumas prisioneiras Eram belíssimas jovens raptadas e enfeitiçadas pelo mago, que as mantinha ali para preencher o seu feudo com juventude e beleza.
Num lindo dia de sol o príncipe Ivan, que passeava pelos arredores, entra sem percebe no jardim e tem uma visão extraordinária. Atraído pelas maçãs mágicas, um Pássaro de Fogo voava passando bem próximo dele. Ivan consegue segurar o belo pássaro de plumas de ouro, avermelhado e brilhante. Assustado, temendo se tornar prisioneiro, este implora por sua liberdade e, em troca, oferece uma de suas plumas. Elas tinham o poder de proteger contra os feitiços do poderoso mago do jardim.
Impressionado com toda aquela aventura, Ivan permanece algum tempo por perto da propriedade encantada. Durante a noite, vê as princesas prisioneiras saírem do castelo de Katschei. Até o dia começar a nascer elas tinham liberdade para brincadeiras e jogos no jardim com os frutos de ouro.
O rapaz é visto pela mais bonita das moças que timidamente se aproxima e conta sua história. Ela também lhe avisa que o grande mago costuma prender os viajantes e andarilhos transformando-os em pedras. E faz isso porque teme que se espalhe o segredo da sua magia.
Ivan se apaixona por ela, quer saber mais sobre sua vida e sobre suas amigas, mas logo tem de deixá-la voltar, pois o dia amanhece. Além disso, eles já estavam sob ameaça de castigo porque as prisioneiras eram proibidas de falar com estranhos. Inconformado, Ivan quer segui-la, mas a moça implora para que não o faça, dizendo ser muito perigoso desobedecer ao mago dentro do seu reino.
Ivan fica muito triste e finge aceitar o pedido da bela jovem. No entanto, corajosamente a segue pelo jardim, até que, de repente, as sinetas de alarme soam e um pequeno exército de monstros aparece. A guarda do mago ataca o príncipe e o prende. Depois, leva-o à presença de Katschei que, furioso, lança sobre ele os seus feitiços.
Recordando-se da pluma encantada que havia ganhado do Pássaro de Fogo, apanha-a rapidamente. Segurando-a firme nas mãos, ele agita a pluma encantada na frente do rosto do poderoso senhor. Nesse instante reaparece o Pássaro Encantado, como que chamado pelo príncipe para que viesse em seu socorro e obriga Katschei e seusmonstros a dançar até caírem exaustos.
O Passaro de Fogo conta a Ivan que conhece o antigo e grande segredo do mago: a imortalidade da sua alma estaria trancada num grande ovo. Assim fazendo ordena-lhe que procure o ovo que se apodere dele. O príncipe consegue encontrá-lo e ainda seguindo as ordens do pássaro, quebra o ovo. No mesmo instante o mago morre, o castelo desaparece e as princesas ficam livres novamente.
A bela princesa se reencontra com o jovem lvan e eles prometem amar-se para sempre, enquanto o Pássaro de Fogo desaparece entre as árvores do jardim.
Uma grande festa no novo reino é oferecida para os jovens e para os mais velhos, em honra do amor e da liberdade Ballet em 3 atos.
Coreografia: Michel Fokine
Música: Igor Stravinsky.
Cenário e Figurinos: Golonine e Baskt.
Estréia mundial: 25 de julho de 1910 no Teatro da Ópera de Paris, França, pela Companhia do Ballet Russo de Diaghilev.

Libreto

No jardim do mago Katschei havia muitas árvores, que durante todo o ano davam frutos encantados: maravilhosas maçãs de ouro. Nesse mesmo jardim viviam também algumas prisioneiras. Eram belíssimas jovens raptadas e enfeitiçadas pelo mago, que as mantinha ali para preencher o seu feudo com juventude e beleza.
Num lindo dia de sol o príncipe Ivan, que passeava pelos arredores, entra sem perceber no jardim e tem uma visão extraordinária. Atraído pelas maçãs mágicas, um Pássaro de Fogo voava passando bem próximo dele. Ivan consegue segurar o belo pássaro de plumas de ouro, avermelhado e brilhante. Assustado, temendo se tornar prisioneiro, este implora por sua liberdade e, em troca, oferece uma de suas plumas. Elas tinham o poder de proteger contra os feitiços do poderoso mago do jardim.
Impressionado com toda aquela aventura, Ivan permanece algum tempo por perto da propriedade encantada. Durante a noite, vê as princesas prisioneiras saírem do castelo de Katschei. Até o dia começar a nascer elas tinham liberdade para brincadeiras e jogos no jardim com os frutos de ouro.
O rapaz é visto pela mais bonita das moças que timidamente se aproxima e conta sua história. Ela também lhe avisa que o grande mago costuma prender os viajantes e andarilhos transformando-os em pedras. E faz isso porque teme que se espalhe o segredo da sua magia. Ivan se apaixona por ela, quer saber mais sobre sua vida e sobre suas amigas, mas logo tem de deixá-la voltar, pois o dia amanhece. Além disso, eles já estavam sob ameaça de castigo porque as prisioneiras eram proibidas de falar com estranhos.
Inconformado, Ivan quer segui-la, mas a moça implora para que não o faça, dizendo ser muito perigoso desobedecer ao mago dentro do seu reino. Ivan fica muito triste e finge aceitar o pedido da bela jovem. No entanto, corajosamente a segue pelo jardim, até que, de repente, as sinetas de alarme soam e um pequeno exército de monstros aparece. A guarda do mago ataca o príncipe e o prende. Depois, leva-o à presença de Katschei que, furioso, lança sobre ele os seus feitiços.
Recordando-se da pluma encantada que havia ganhado do Pássaro de Fogo, apanha-a rapidamente. Segurando-a firme nas mãos, ele agita a pluma encantada na frente do rosto do poderoso senhor. Nesse instante reaparece o Pássaro Encantado, como que chamado pelo príncipe para que viesse em seu socorro, e obriga Katschei e seus monstros a dançar até caírem exaustos.
O Passaro de Fogo conta a Ivan que conhece o antigo e grande segredo do mago: a imortalidade da sua alma estaria trancada num grande ovo. Assim fazendo ordena-lhe que procure o ovo que se apodere dele.
O príncipe consegue encontrá-lo e ainda seguindo as ordens do pássaro, quebra o ovo. No mesmo instante o mago morre, o castelo desaparece e as princesas ficam livres novamente.
A bela princesa se reencontra com o jovem lvan e eles prometem amar-se para sempre, enquanto o Pássaro de Fogo desaparece entre as árvores do jardim. Uma grande festa no novo reino é oferecida para os jovens e para os mais velhos, em honra do amor e da liberdade.

Petrouchka

Petrouchka Ballet em 1 ato e 4 cenas.
Coreografia: Michel Fokine.
Música: Igor Stravinsky.
História: Igor Stravinsky e Alexander Benois.
1ª apresentação: (Ballet Russo de Diaghilev) Teatro Châtelet, Paris - França - em 13 de junho de 1911.
Principais papéis: Vaslav Nijinsky (no papel de Petrouchka), Tâmara Karsawina (no papel da bailarina), Alexandre Orlov (no papel do Mouro) e Enrico Cecetti (no papel do Mágico).

Todos os anos, na cidade de São Petersburgo, era organizada uma festa onde todos os seus moradores iam se divertir com os dançarinos, acrobatas, mágicos, bichos amestrados e vendedores ambulantes. Havia chegado o grande dia e de repente, no meio da multidão, ouviu-se um toque de tambor avisando que um show ia começar. Foi montado um pequeno teatro e um estranho apresentador, vestido como se fosse um mágico ou um bruxo, chama as pessoas para assistirem a um espetáculo de fantoches. Seus bonecos eram tão perfeitos que podiam ser confundidos com gente de verdade e encantavam os espectadores que se admiravam com os três principais: um formoso Mouro, uma linda bailarina e Petrouchka, um tipo triste e mal-vestido. O mágico inicia a ação, tocando três notas muito agudas numa flauta e, imediatamente, os bonecos começam a dançar como se tivessem ganhado vida com a presença da música. Todo mundo aplaudiu o belo espetáculo, fascinados com a beleza do Mouro, o Petrouchka sem graça e a Bailarina por quem os dois estão apaixonados. Parecia claro que o Mouro era o preferido, mas era Petrouchka quem mais a amava e que parecia mais humano ao mostrar seus sentimentos. Vendo que seu rival estava ganhando o amor da boneca, Petrouchka começa com ele uma briga, que atrapalha o show, obrigando o mágico a separá-los e prendê-lo em sua caixa. Ali dentro, parado, ele começa a pensar que, depois de ter ganhado vida pela magia do seu dono, podia sentir, sofrer, ser feliz de verdade e não ser somente um pedaço de madeira. Percebeu, então, que ninguém lhe dava atenção: o mágico, só queria os lucros do seu trabalho, o Mouro era vaidoso e o desprezava e, mesmo a Bailarina, não se importava com mais nada a não ser a sua própria beleza. Com isso, Petrouchka fica muito triste, sentindo-se feio e desajeitado. Estava deitado, pensando, quando a tampa da caixa se abre e a Bailarina aparece, deixando-o tonto e feliz a ponto de declarar o seu amor. Ele dança para ela, faz acrobacias, movimentos engraçados, mas ela nem liga e vai embora apenas rindo dele, deixando-o mais triste e zangado do que antes.
Enquanto isso, na caixa ao lado luxuosamente decorada, o Mouro está deitado sobre almofadas, brincando com um coco, tentando parti-lo. A Bailarina olha-o pela porta e, sentindo-se bem-vinda, entra, dança para ele e chama-o para dançar com ela.
Do lado de fora, Petrouchka escuta a alegria dos dois e, sem saber o que fazer, cheio de ciúmes, entra na caixa do Mouro e os vê dançando muito juntos, muito felizes. Furioso, se atira sobre o Mouro, lutando ferozmente com ele, e a Bailarina, sem dar a menor atenção a nenhum dos dois, foge para longe dali. Sentindo a força de Petrouchka e vendo-se mais fraco, o Mouro apanha sua espada e com ela empurra o inimigo para a frente do teatro, até jogá-lo na rua.
A feira ainda estava movimentada, quando a multidão escuta um estranho barulho vindo do teatro do mágico; correm todos para lá e ainda conseguem, apavorados, ver a briga dos bonecos e o Mouro matar Petrouchka com um golpe de espada. Todos se reúnem em volta do seu corpo sem vila, que é agora, apenas um monte de madeira quebrada. O barulho da feira se transformou num grande silêncio e alguém chama o apresentador para que ele veja o resultado de sua mágica, culpando-o pela tragédia. Ele se defende dizendo que são apenas bonecos de madeira, sem vida, mas os assistentes ficam confusos, olhando para o chão, tristes pelo destino do pobre Petrouchka quebrado, que não era de carne e osso como parecia ser. Aos poucos as pessoas vão se afastando e o Mágico, sozinho, sem nenhuma pena ou carinho pelo seu boneco, começa a recolher o que havia sobrado dele para jogar fora. De repente, porém, parou assustado ao ouvir um grito e, quando olhou para cima viu em cima do telhado do teatro, iluminado por uma luz clara e fria, o fantasma de Petrouchka apontando para ele, culpando-o pelo que aconteceu. A vida que recebeu do Mágico havia sido destruída, mas seu espírito estava vivo e o perseguiria para sempre.

Apollo

Bailado em dois quadros, música de Igor Stravinsky.
Seu título original foi Apollon musagéte. O termo musagéte significa condutor das musas e é aplicado exclusivamente a Apolo.
Estreou em Washington em abril de 1928 com coreografia de A Bolm, e depois em Paris, em junho do mesmo ano, com coreografia de George Balanchine.

O ballet representa o nascimento do Apolo, uma das principais divindades gregas, deus do dia, da poesia, da música, da medicina e das artes.
E ainda: deus das musas, do Parnaso, do Pindo. Era Também o condutor do carro do Sol.
Sobre as origens desse deus tão brilhante variam as tradições.
A mais abalizada o situa como filho de Zeus e de Leto, nascido em Delos, onde sua mãe se havia refugiado. Em Delfos, matou a serpente Píton, motivo pelo qual teve de exilar, só regressando a Delfos depois de se haver purificado em Tempé.
Todos os outonos, Apolo ia habitar com Hiperbóreos, no extremo norte, regressando na primavera. Há várias lendas a seu respeito, como a de que matou os ciclopes para vingar seu filho Asclépios, fulminado por Zeus, sendo condenado a ir servir Admeto.
Com Possêidon, foi escravo do rei Laomedon, foi escravo do rei Laomedon, e trabalhou na construção dos muros de Tróia. São muitas as aventuras galantes que lhe atribuem, e eram muitas as suas funções e atribuições. Eram um deus agrícola, purificador, semeador, vingador, protetor, médico, mas sobretudo o deus da poesia e da música.
Era também o deus da adivinhação. Em toda Grécia erigiram-se em sua honra muitos templos, alguns dos quais com afamados oráculos. O culto de Apolo foi introduzido em Roma ainda no tempo da realeza.
O primeiro quadro do bailado: representa o nascimento de Apolo com a mãe, Leto, e duas ninfas assistindo-a.

O segundo quadro: se passa no Olimpo, a morada dos deuses, e se constitui das seguintes partes: variação de Apolo, pas d'action (Apolo e as musas), variação de Calíope (poesia épica) variação de Polínia (musa dos hinos sacros) variação de Terpsícore (dança e canto) variação de Apolo, pas de deux de Apolo e terpsícore, e Apoteose com Apolo e as musas.

A Viúva Alegre

Bailado em três atos e quatro cenas. Música de Franz Lehár. Adaptado da famosíssima opereta de mesmo nome. Arranjo de John Lanchbery. Coreografia de Robert Helpmann e Ronald Lynd. Estréia no Palais Théâtre de Melbourne, em 13 de Novembro de 1975, com o Ballet Australiano.
Os números musicais e/ ou de danças são: 1) Introdução; 2) Camille e valencienne; 3) Mazurca (Conde Danilo); 4) Mudança de cena para salão de baile e o salão de baile - Entrada da viúva; 5) Danilo e a viúva (Hanna Glawari); 6) final do Primeiro Ato; 7) Polonaise de abertura do Segundo Ato; 8) Dança Coral (Damas); 9) Czardas do homens; 10) Dança nacional da viúva; 11) Pas De Deux (Danilo e Hanna); 12) Saída dos convidados - Cena de amor e Pas De Deux (Camille e Valencienne); 13) Final do Segundo Ato; 14) Can-can, Cake Walk & Melos e Finale - Pas De Deux (Terceiro Ato). O Bailado dura 59 minutos, quase a mesma duração da opereta. A ação se passa em Paris em 1905.

Primeiro Ato

Priemeira cena - Salão de baile na embaixa de Pontevedra. O embaixador, barão Zeta, e sua bela esposa francesa, Valencienne, darão um baile naquela noite. O Ataché francês, Camille de Rossilon, tem um caso amoroso com Valencienne. Entra Negus, conselheiro da Embaixada, que vem trazer um monte de contas a pagar. Todos lamentam a situação de iminente falência da pátria.
Nesse momento chega a notícia de que a rica viúva Hanna Glawari, dona de uma fortuna de mais de vinte milhões de francos, comparecerá ao baile. Pontevedra espera que alguém, do país case com ela a fim de salvar as finanças da pátria. O barão acha que o bom-vivant conde Danilo deveria cortejar a viúva e casar-se com ela. Quando ela sai, Valencienne e Camille trocam juras de amor, e são vistos por Negus.
O Conde Danilo entra bêbado, vindo de uma noite no Maxim. Negus lhe conta a missão que o espera.

Segunda cena - O Baile. O barão e sua mulher recebem os convidados. Quando Danilo é apresentado a Hanna , ambos descobrem que já tiveram um flerte em Pontevedra. O romance foi interrompido pelos pais de Danilo por se tratar de uma Plebéia.
Danilo declara seu amor a Hanna, mas ela diz que o conde, como os outros homens, só ama o seu dinheiro. Mas, convidada pelo barão, escolhe Danilo com seu par para a primeira dança. Porém, o conde, sentindo-se magoado, vai valsar com outra convidada. Camille dança com Hanna. Depois de dançar com outros convidados, Hanna e Danilo se vêem a sós. A viúva sente que ainda o ama.

Segundo Ato

Hanna vai dar uma festa a fantasia para a colônia pontevedrina. Depois de uma série de danças nacionais todos vão jantar.
O barão, Danilo e Negus se reúnem para estudar como vai a conquista do conde.
Valencienne e Camille entram no jardim e vão para o pavilhão. São espionados por Negus pelo buraco da fechadura. Voltam o barão e Danilo, e Zeta toma o lugar de Negus.
Surge Hanna que percebe alguma coisa no ar. Faz com que Valencienne saia por uma porta lateral e toma seu lugar junto a Camille no pavilhão. Quando o barão abre a porta, encontra Camille e Hanna, e esta anuncia que se casará com o francês. Todos ficam assustados. Hanna vê a reação de Danilo e tem certeza agora de que ele a ama.

Terceiro Ato

No Chez Maxim. Camille é evitado por Valencienne e pelos outros convidados. Hanna aparece e é cumprimentada por um embaraçado Camille.
Isso irrita Danilo, que desafia o rival. Valencienne consegue convencer o marido de que só ama a ele. Deixados a sós, Danilo e Hanna declaram seu amor e a pátria está salva.

Arlequinade

Ballet em 3 atos e cinco cenas Coreografia: Oleg Vinogradov depois Marius Petipa.
Encenação: Alla Malycheva.
Música: Riccardo Drigo.
Cenário: Simon Pastukh.
Figurino: Galina Solovieva.
1ª apresentação: Teatro de Hermitage de São Petersburgo, em 10 de fevereiro de 1900.

É o pico do carnaval de Veneza, um dia que vinha apenas uma vez um ano. Os trajes bonitos, farristas mascarados, música, dança... Colombina está no balcão de sua casa, prestando atenção à agitação das preparações finais para as festividades. Após fugir da casa, ela desaparece na multidão mascarada de farrista dançando. O pai Colombina, Cassandre agarra-a pela mão e tenta conduzi-la para trás da casa e impedir que ela se junte à celebração. Ela tem que esperar seu noivo, o mercante rico Leandre. Cassandre determina que Colombina se casará com Leandre. Entretanto, Colombina está apaixonada pelo simples e bom de coração, arlequin, e opõe-se ao plano de seu pai a casar-se com Leandre. Cassandre trava a porta e ordena que seu empregado Pierrô não dê a chave a ninguém.
O amigo de Colombina, Pierretta, que foi incapaz de encontrar Colombina no carnaval, encontra finalmente Colombina sozinha em seu balcão, e fica sabendo que Pierrô tem a chave. Com um beijo, ela consegue pegar a chave de Pierrô. O bom de coração de Colombina, arlequin e seus amigos que não poderiam encontrá-la no carnaval, vêm à casa e cantam um linda serenata à Colombina. Pierretta abre a porta para arlequin, e arlequin Colombina têm finalmente uma possibilidade compartilharem juntos alguns momentos felizes.
Apenas Cassandre retorna para casa e encontra Colombina nos braços de arlequin, e ele fica muito irritado. Ele encontrou um noivo maravilhoso para sua filha e determina que ela se case com o homem que ele escolheu. Cassandre ordena que seus empregados retirem Harlequin da casa, e ordena-os mais uma vez que Colombina não saia de casa. Harlequin está muito decepcionado. Ele pensa como tirar Colombina da casa e salvá-la, e de como conseguir a permissão de Cassandre para casar-se com ela.
A rainha do carnaval, Fierina, chega na praça da cidade, carregada por empregados em um palanque. Ela pergunta com mágoa por arlequin, "porque você chora no meio do carnaval?". Ele conta sua triste história a Fierina, e ela oferece ajudar-lhe. Convida-o a juntar-se aos soldados que a acompanham.
Entretanto, uma figura cômica que carrega um bandolim aproxima da casa de Cassandre. Nada mais é do que Leandre, quem Cassandre escolheu para casar-se com Colombina. Ele veio tentar atrair a atenção de Colombina com uma serenata. Entretanto, suas raras tentativas de romance não trazem nada mais do que risos de Colombina. Cassandre faz o melhor para certificar-se que sua filha escute o dissonante Leandre, mas Colombina tampa as suas orelhas, e redobra sua determinação para encontrar uma maneira se escapar do balcão.
Neste momento, os empregados avisam que um importante visitante chegou. O convidado de Cassandre é Fierina, rainha do carnaval. Fierina pergunta a Cassandre se ele arranjou um casamento para sua filha. Cassandre traz o noivo de Colombina, Leandre, mas Colombina aparece nesse momento e expressa sua objeção à escolha do seu pai, dizendo que está apaixonada por arlequin.
Cassandre diz que não pode consentir o seu casamento com arlequin porque ele não tem nada. Fierina informa-o que arlequin recebeu uma grande herança. arlequin carrega uma grande caixa de jóias, e quando a abrir. Cassandre se surpreende com o magnífico conteúdo. Insultado, Leandre começa a brigar com arlequin. arlequin ganha a luta. Agora não existe nenhum obstáculo à felicidade de Colombina. Os dois amantes oferecem sua gratidão a Fierina e o carnaval continua.

A Filha do Faraó

Histórico Ballet em três atos e sete cenas
Libreto: Marius Petipa e Jules-Henri Vernoy de Saint-Georges, baseado na obra "Le Roman de la Momie" de Théophile Gautier
Coreografia: Marius Petipa
Cenários: A. Roller, G. Wagner
Musica: Cesare Pugni
Figurinos: Kelwer and Stolyakov
Estreia mundial: 18 de janeiro de 1862 no Teatro Imperial Bolshoi Kamenny, de São Petersburgo, Rússia. Carolina Rosati (Mumia/Aspicia), Nicholas Goltz (Faraó), Marius Petipa (Lord Wilson/Ta-Hor) e Lev Ivanov (Pescador).

A Filha do Faraó foi o primeiro grande espetáculo de ballet que Marius Petipa compôs na Rússia, onde, desde 1847, ele remontava obras de outros coreógrafos e montava balés de um ato. Pela primeira vez, ele coreografou grandes passos simultâneos e harmoniosos, numerosas variações, aos quais se adicionaram danças a caráter e cenas de pantomima. Criada em 1862, no Teatro Bolshoi de São Petesburgo (com Petipa no papel de Lord Wilson), A Filha do Faraó – logo depois de O Romance da Múmia (1857) de Théophile Gautier – conheceu um sucesso retumbante. O ballet foi remontado em 1864, no Teatro Bolshoi de Moscou, Alexandre Gorski criou sua própria versão em 1905. A última apresentação de A Filha do Faraó foi feita em 1926, no Teatro Mariynski, com Marina Semenova no papel de Aspicia.

Ato I

Cena I

Um jovem inglês, Lord Wilson, viaja pelo Egito com seu assitente, John Bull. Aos pés de uma pirâmide eles conhecem uma caravana de mercadores árabes que gentilmente os convidam a entrar em sua tenda. Uma poderosa tempestade de areia os surpreende, obrigando-os a se abrigarem na pirâmide.

Cena II

O guardião da pirâmide pede aos inesperados hóspedes que respeitem o lugar, apontando para um sarcófago no fundo da piramide, onde está Aspicia, a filha de um dos mais poderosos Faraós egípcios. Sentados em um canto da pirâmide, os mercadores árabes acendem um cachimbo de ópio, Lord Wilson também o fuma e adormece.

Inebriado pelo fumo, se projeta em um sonho à época faraônica: As paredes do sepulcro desaparecem e as múmias tomam vida, deixando seus sarcófagos. Em seguida vem Aspicia, sua ama, e filha do poderoso Faraó. Aproximando-se do inglês, ela coloca a mão em seu coração. Nesse momento, uma mágica metamorfose ocorre: Lord Wilson e seu assistente transformam-se em egípcio, passando a se chamar Taor e Passiphonte. Encantado com a beleza de Aspicia, Taor tenta segui-la, mas a princesa desaparece em meio à névoa.

Cena III

Taor e seu criado se apressam em busca de Aspicia, acham-na, por milagre, dormindo em uma pedra coberta de musgo. Perto dali, estão seus criados, exaustos pelo calor intenso. Aspicia acorda e reconhece o atraente jovem, ignorando tudo ao seu redor, eles olham um ao outro fixamente.

Ao longe, sons de caçada podem ser ouvidos, Aspicia pede a Taor que se esconda. Ramze, escrava de Aspicia, que notou o estranho, tenta persuadir sua ama à partir. Os caçadores aparecem e advertem Aspicia que existe um leão por perto.

Aspicia sai com os caçadores em perseguição ao leão, que é cercado, mas, de repente ele foge do círculo de caçadores e ameaça a princesa. Taor, que de seu esconderijo está acompanhando a cena horrorizado, apanha um arco, que foi deixado para trás por um dos caçadores, e habilmente alveja o coração do leão. Aspicia é salva!

O Faraó chega ao ver sua filha nos braços de um estranho, ordena que Taor seja preso. Aspicia conta que Taor salvou sua vida e deveria ser recompensado. A ira do Faraó transforma-se em gratidão, ordenando que o jovem seja libertado e o convidando para ir à seu palácio.

Ato II

Taor visita Aspicia em seu suntuoso palácio e declara a ela seu amor. O Faraó entra, cercado por dignitários e oficiais do palácio, seguidos pelo Rei da Nubia, que veio pedir a mão da filha do Faraó em casamento. O poderoso egípcio concorda em dar a mão de sua filha em casamento ao Rei da Nubia, e os dois homens assinam um tratado de amizade.

Ouvindo isto, Taor fica desesperado. Aspicia tenta tranqüilizá-lo, e promete que nunca será de ninguém que não ele. O Faraó determina que comecem as festividades para marcar o casamento de sua filha.

No auge das festividades, Taor consegue a chave de uma porta secreta, pela qual o casal foge do palácio.

O Faraó fica furioso quando percebe o desaparecimento da filha, e ordena que o casal de fugitivos seja capturado. Ao notar a porta secreta, o Rei da Nubia parte, com seus guardas, em busca de Taor e Aspicia.


Ato III

Cena I

Taor e Aspicia escondem-se em uma cabana de um pescador, às margens do Nilo. Ao anoitecer, o pescador prepara-se para ir pesca e chamar seus convidados para vir também. Aspicia decide não ir. Taor a aconselha descansar e sai com o pescador.

Tão logo Taor sai, o Rei de Nubia, acompanhado por seus guardas, entra na cabana. Aspicia só tem certeza de que seu casamento com o Rei irá separá-la para sempre do homem que ama. Então, para evitar ser pega, ela corre para a janela e lança-se no Nilo.


Cena II

O poderoso deus do Nilo recebe Aspicia calorosamente, e reconhece-a como filha do Faraó, mas ela tem apenas um pedido: ver Taor novamente. O desejo de Aspicia é concedido, e ela volta a pisar em terra firme, para reencontrar seu amado.


Cena III - O palácio do Faraó

O Faraó do Egito, desesperado, ordena que Taor seja trazido em sua presença e ameaça matá-lo se não lhe disser onde Aspicia está, mas Taor de fato não sabe.

O Faraó condena o jovem à morte, com uma picada de cobra, mas neste momento, ao longe o som de uma alegre marcha pode ser ouvido: o pescador achou Aspicia. Ela lança-se nos braços de seu pai e lhe conta de suas aventuras. Depois de ouvir falar de suas ameaças, o Faraó ordena que o Rei vá embora, mas não perdoa Taor por seqüestrar sua filha. Aspicia diz a seu pai que ela se matará lançando-se à cobra se ele não libertar Taor. Tocado pela abnegação de sua filha e pela profundidade de seu sentimento, ele perdoa Taor e dá sua bênção ao casal. No auge das festividades, a cena é coberta em nuvens.

Cena IV

Lord Wilson acorda e olha a seu redor, atônito, vê a tumba de Aspicia e sorri, ao lembrar de seu maravilhoso sonho.

A Reconstrução de Pierre Lacotte


Convidado pelo Balé do Teatro Bolshoi para remontar A Filha do Faraó, Pierre Lacotte efetuou um longo trabalho de pesquisas a fim de reunir os elementos dispersados desta obra esquecida (partitura, coreografia, fantasias, cenário). Consultou os arquivos de numerosos museus e coleções particulares. Fez igual apelo à memória dos antigos dançarinos e no repertório que Lioubov Egorova (sua professora) lhe transmitira e que ela aprendera de Marius Petipa, em São Petesburgo. Assim, Egorova lhe contou e mostrou as numerosas passagens desse balé, no qual ela havia interpretado o papel de Aspicia. Entretanto, se a partitura de Cesare Pugni pôde ser reconstituída graças aos documentos originais, este não foi o caso da coreografia de Petipa, apenas quatro variações originais figuram no balé, assim como uma variação de Gorski. Pierre Lacotte teve que reduzir o balé (que durava no original quatro horas) e completar a coreografia dentro do vocabulário, do estilo e do espírito de Marius Petipa. Os cenários e fantasias, fiéis à atmosfera do Egito antigo, foram recriados dentro de um estilo mais contemporâneo que o original redescoberto nas fotos e esboços. A Filha do Faraó é um grande balé que se introduziu na tradição romântica, um espetáculo exótico e mágico com desfiladeiros impressionantes, grandes cenas de grupo e numerosos solos e pas de deux.

Balé em um ato
Libreto: Inspirado no poema de Teófilo de Gauthier
Coreografia: Michel Fokine
Cenários: Leon Baskt
Musica: Carl Maria von Weber
Figurino: Leon Baskt
Estréia mundial: 19 de abril de 1911, no Teatro de Montecarlo, França. Tamara Karsavina como a jovem, e Vaslav Nijinsky, o espectro da rosa.

Libreto

Após uma grande festa no palácio, uma certa jovem sente-se cansada, mas ao mesmo tempo impressionada com tudo o que aconteceu na festa. Ela retorna ao seu quarto lembrando de cada momento que passou, em suas mãos traz uma rosa, presente de um rapaz.
Em seu quarto, dorme profundamente, sonhando que o espectro da rosa entra voando pela janela, eles dançam por muito tempo, até que o espectro sai novamente pelo mesmo lugar por onde entrou.
Aos poucos a moça vai despertando, sentindo-se confusa, mas ao mesmo tempo alegre. Vê a rosa no chão, apanha-a e coloca-a junto ao seu coração, recordando tudo o que aconteceu.

PAQUITA



Músico: Edouard Delvedez.

Coreografia: J. Mazilier e Marius Petipa.

Estréia: Paris, Teatro Impreial de Música ( atual Ópera de Paris ) em 01/04/1846.

Bailado em dois atos e três cenas.



A história transcorre em Saragoza, na Espanha. Em uma festa na casa de Dom Lopez estão todos sentados esperando a dança dos ciganos. Dom Lopez tenta aproximar Lucien, seu filho, da filha do governador. Os dois jovens não gostam muito da idéia. Entra Paquita, a cigana, e Inigo, o chefe dos ciganos e começam a dançar. Paquita e Lucien trocam olhares. Ao acabar a dança, Inigo pede a Paquita para passar o chapéu entre os convidados. Ela não gosta e Inigo ameaça bater-lhe, quando Lucien surge na sua frente. Inigo percebe o interesse de Lucien em Paquita. O governador chama Inigo e juntos tramam a morte de Lucien, combinando de usar Paquita para atraí-lo. Paquita e Lucien encontram-se a sós e ele pede a ela que fuja com ele. Ela, assustada, não aceita.

Todos vão embora, e Lucien diz que irá depois, porque os ciganos darão uma festa em sua homenagem. Enquanto isso, Inigo e o governador estão tramando a morte de Lucien. Quando Paquita escuta que eles colocarão veneno na bebida do jovem, eles se retiram e, Paquita, nervosa, faz barulho. Inigo a surpreende, mas ela o convence que acabara de entrar. Entra Lucien, que pede abrigo a Inigo, que concorda. Paquita tenta avisá-lo por sinais de que corre perigo. Inigo pede que Paquita prepare a refeição. Lucien se dá conta do perigo.Durante o jantar, Paquita mostrará o que ele pode beber ou não. Ao chegar a bebida envenenada, Paquita derruba uns pratos e, na confusão, ela troca os copos. Logo depois, Inigo adormece. Os dois fogem, pois os guardas do governador iriam chegar para matar Lucien.Os dois vão até a casa do Conde de Hervilly, onde contam que o governador tramou tudo com o cigano. Paquita reconhece a fisionomia do Conde como se fosse seu pai.O Conde diz que ela era sua sobrinha, e que seu irmão havia sido morto

por ciganos. Ela entende ser a única sobrevivente do ataque, passando a ser criada por Inigo.O Conde manda prender toda a comitiva do governador, e adota sua sobrinha dando uma bela festa junto com Lucien.


Esse ballet em dois atos, conta a história de Paquita, criada por ciganos, que salva a vida do filho de um general francês, Lucien. Sua estréia foi em 1 de Abril de 1846, na Academia Real de Música de Paris, com libreto de Joseph Mazilier e Pierre Foucher e coreografia de Joseph Mazilier, com música de Edouard Marie Ernest Deldevez. No ano seguinte, Petipa o produziu como seu trabalho de estréia para o Ballet Imperial e, em 1881, pediu a Minkus, que adicionasse música para um Pas de Trois (coda), que foi levado para Ato I e uma mazurka para crianças e um Grand Pas, ambos a serem acrescentados ao final do ballet, daí o porquê de muitas músicas lembrarem Don Quixote. É por essas peças que o ballet é, mas conhecido. Com Carlotta Grisi no papel – titulo e Lucien Petipa como Lucien. Foi fruto dos gostos exóticos do ballet romântico que prezavam tons de outras culturas. A história se passa na Espanha, durante o período em que o país enfrentava a invasão napoleônica e conta a história de Paquita, uma moça que foi raptada na infância por ciganos, que mataram seus pais e a criaram. Ela conhece Lucien d’Hervilly, filho de um general francês, que logo se apaixona por ela. Lucien, porém, está comprometido com Serafina, filha de um governador espanhol, D. Lopez de Mendonza. Um compromisso feito por razões políticas e que não empolga a nenhum dos dois envolvidos e enfurece Mendonza, que não deseja ver sua filha casada com um francês. No começo, Paquita não aceita as investidas de Lucien, por ser de um nível social inferior ao do rapaz. O casal também tem que lidar com Inigo, um cigano apaixonado por Paquita e que trama com governador para matar Lucien. O nobre é levado à casa de Inigo para ser assassinado, mas Paquita o alerta, frustrando os planos do cigano. O clímax surge quando os apaixonados descobrem que Paquita é nobre, prima de Lucien e os dois podem se casar. A coreografia por Mazilier foi criada para explorar as grandes habilidades de Carlotta Grisi, que já havia encantado platéias com sua Giselle cinco anos antes da estréia de Paquita. De Giselle também veio o intérprete de Lucien, o bailarino Lucien Petipa, que havia sido o Albretch de Carlotta. O divertissimant final acrescentado por Petipa é uma mostra do mais puro classicismo, com brilhantes passagens de virtuosismo. Como o ballet logo desapareceu dos palcos de Paris na segunda metade do século XIX, mas na Rússia continuou a ser encenado até os anos XX, a coreografia de Mazilier se perdeu e o ballet passou a ser conhecido pelo Grand Pas de Petipa. Na Rússia o então diretor do Kirov, Oleg Vinagrodov, transformou o Pas de Trois e o Grand Pas em um divertissimant, em 1978. Antes disso, o ballet havia recebido versões de Danilova, Balanchine e Nureyev. Sua versão, no entanto, utiliza a história de uma maneira ligeira, como um mero pretexto para as danças. Inclusive variações virtuosas para homens, que no original eram feitas por mulheres en travesti. Em 2001, Pierre Lacotte recriou o ballet em sua pantomima original. Essa versão utiliza bastante mímica para contar a história e resgata, se não a coreografia de Mazilier, o estilo de dançar do século XIX. Além de contar com um figurino bastante fiel ao ambiente e época que retrata. Essa versão foi feita para o ballet da Ópera de Paris.

Ato I, cena I: O grupo de um nobre, Lucien, para em um acampamento cigano para descansar. Lá, ele conhece Paquita e logo se apaixona por ela. A moça, no entanto é alvo das atenções de Inigo, o chefe dos ciganos e começa a tramar contra a vida do rapaz e o convida para jantar. Lucien, por sua vez, já está comprometido.

Ato I, cena II: Mostra a casa de Inigo e Paquita. Inigo e o governador conspiram para matar Lucien. O plano consiste em drogar Lucien durante um jantar para poder esfaqueá-lo. No entanto, Paquita ouve a conversa e avisa a Lucien e os dois fogem da casa. Essa cena é feita de mímica na maior parte.

Ato II: Enquanto acontecem os preparativos para o casamento entre Lucien e Serafina, ele chega com Paquita e pede que ela se case com ele. Ela não quer aceitar por ser cigana, mas ela percebe um retrato igual ao que ela leva em um camafeu, descobrindo que além de nobre, é prima de Lucien. Dessa forma, eles podem casar. É nesse ato que podemos ver o famoso Grand Pas Classique.

Floresta Amazônica

Bailado em dois atos, música de Heitor Villa-Lobos, coreografia de Dalal Achcar e Frederick Ashton, cenários e figurinos de José Verona. Estréia no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 6 de agosto de 1975, na abertura do Festival Internacional de Dança do Rio de Janeiro. Margot Fonteyn interpretou a primeira bailarina, fazendo par com David Wall.
A obra Floresta Amazônica foi composta em 1658, um ano antes da morte do maior compositor brasileiro, Villa-Lobos. Foi composta originalmente para orquestra, solo e coro masculino.


Primeiro Ato: o ballet se inicia com a intenção de reproduzir a floresta amazônica, sua fauna e sua flora misteriosas. Uma tribo indígena entoa cantos religiosos que pedem caça e pesca farta a sua deusa. Na seqüência, danças indígenas (adágios românticos). Ao finda
r o dia, a floresta é dominada pelas sombras. Já de manhã, as ninfas, companheiras da deusa, se banham na cachoeira, sendo que a deusa some e reaparece como que por encanto. Surge de repente um homem branco, perdido e cansado, que deita-se e adormece. As ninfas o conduzem até a deusa. O encontro é suave e mágico: eles se tocam, se descobrem, se apaixonam e se entregam ao amor. A deusa percebe assim que também é humana. Porém, surgem os índios, que se revoltam com o amor carnal da deusa. Porém, o amor dos dois não é abalado.
Segundo Ato: A harmonia é quebrada por prenúncios de incêndio na floresta: eram os índios, para se vingar da deusa e assustar o homem branco. São ingênuos a ponto de não perceber o perigo que isso causaria. Porém, já era tarde, pois vários animais já haviam morrido no fogo. A floresta se petrifica, mas a força do amor revigora a brisa e o verde. O jovem casal desperta de seu sono de morte e eleva-se num vôo longínquo, tornando-se eterno. Os namorados acenam um adeus aos índios, aos animais e à floresta petrificada, sumindo no horizonte de luzes.

COMENTÁRIO: Confesso que nunca vi este ballet na íntegra, mas vi o Pas de Deux, que é lindo, suave e super romântico. Se você tiver a oportunidade de ver, não perca, pois além de ser uma obra "tupiniquim", ele tem uma história apaixonante!

O Espectro da Rosa


A música é a conhecida peça de Weber Convite à Dança, ou também, como é chamada, Convite à Vals
a. O libreto se inspira no poema de Teófilo de Gauthier. Weber dedicou sua obra à noiva, Carolina Brandt. Em 1841, Berlioz transcreveu a peça para orquestra.
O cenário nos mostra o quarto de dormir de uma jovem donzela. De um lado, uma ampla janela. Do jardim vem uma fragrância amena de rosas. Uma jovem entra no quarto, em seu vestido de baile, segurando delicadamente uma rosa. Ela retorna de seu primeiro baile.
Senta-se para recordar e adormece. A rosa escorrega de seus dedos. A música acelera e, pela janela aberta, entra o espectro da rosa. Aí reside o momento capital do bailado, que Nijinski fazia como ninguém, e os críticos de ballet ainda se lamentam de que os outros bailarinos não o fizeram: o famoso salto por cima do peitoril da janela.
A jovem e a rosa dançam no sonho. Aos poucos, tudo vai se acabando. O espectro da rosa sai pela janela, a moça acorda, percebe que tudo não passou de um sonho e aperta a rosa contra o seio.

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